ABSTRACT
Realizamos 120 reimplantes unidigitais em nível ambulatorial entre 1994 e 2001. Os níveis de amputação foram: falange proximal em 50 pacientes, interfalangeana proximal em 21, interfalangeana distal em 42 e metacarpofalangeana em 7 pacientes. O mecanismo de trauma incluiu: avulsão (31,7(per cent)) e guilhotina (68,3(per cent)). O tempo médio de isquemia normotérmica foi 8 h (extremos 6 - 15h). Os pacientes permaneciam em ambiente hospitalar no máximo 8 h após o término da cirurgia. Todos os pacientes foram orientados sobre as possibilidades de trombose arterial ou venosa e de que forma isso poderia ser identificado. Os pacientes que julgassem haver qualquer anormalidade circulatória ou que estivessem em dúvida telefonavam ao cirurgião que os avaliava imediatamente. A reavaliação foi realizada em 20 pacientes, mas o déficit circulatório comprovou-se em 15 pacientes. Destes, houve perda do reimplante em 12 pacientes. A taxa de sucesso dos reimplantes foi de 90(per cent)o, e o mecanismo do trauma foi o principal fator determinante e não o regime pós-operatório. Sugerimos que o reimplante unidigital seja realizado sempre que houver indicação e que a existência de leitos hospitalares disponíveis não seja o fator decisivo na escolha do método de tratamento das amputações e desvascularizações unidigitais.