ABSTRACT
O objetivo deste estudo foi verificar a validade da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressäo HAD) em 56 pacientes epilépticos, tratados em ambulatório, bem como em um grupo-controle, formado por 56 acompanhantes desses pacientes. Utilizaram-se como instrumentos uma entrevista estruturada para fornecer diagnósticos segundo o DSM-III-R, a HAD e uma escala de impressäo clínica global (ICG). A freqüência de ansiedade no grupo dos pacientes e no grupo-controle foi de 42,8 por cento e de 46,4 por cento, respectivamente; uma diferença que näo é estatisticamente significativa. A freqüência de depressäo foi de 12,5 por cento nos dois grupos. O ponto de corte que, ao mesmo tempo, propiciou boa sensibilidade e boa especificidade foi 7/8 (ou seja, a partir de 8 pontos), tanto na subscala de ansiedade (74 por cento e 74,2 por cento, respectivamente). Os pontos de corte näo sofreram açöes significativas das variáveis testadas (idade, sexo, escolaridade, situaçäo conjungal, ocupaçäo). A utilizaçäo de uma escala simples, como a HAD, pode revelar ao clínico casos de transtorno do humor que freqüentemente passam despercebidos e seguem sem tratamento específico