ABSTRACT
Objetivo: Avaliar o nível de letramento funcional em saúde e o conhecimento sobre a doença renal crônica (DRC) nos pacientes em tratamento conservador. Métodos: Estudo transversal, descritivo e quantitativo realizado em um hospital público de referência em Pernambuco, Brasil, em 2018. A amostra, não probabilística por conveniência, incluiu 34 pacientes em acompanhamento ambulatorial de DRC com tratamento conservador. Aplicaram-se os instrumentos: questionário sociodemográfico, perfil clínico, questionário sobre o conhecimento dos princípios básicos no tratamento conservador da DRC e o teste B-TOFHLA (Brief Test of Functional Health Literacy in Adults), para avaliar o nível do letramento funcional em saúde (LFS). Resultados: Verificou-se que o conhecimento de 85,3% (n=29) dos participantes é suficiente em relação aos princípios básicos do tratamento conservador da DRC. Em relação ao LFS, houve prevalência do nível inadequado em 14,7% (n=5) dos participantes. Em relação à associação da influência do letramento no conhecimento sobre o tratamento da DRC, verificou-se maior conhecimento no grupo com letramento adequado (90,0%; n=9), enquanto que, no grupo com letramento inadequado (limítrofe), a prevalência de conhecimento suficiente foi de 83,3% (n=20). Observou-se ainda que, além da escolaridade, a religião é também estatisticamente relevante (p=0,003; p=0,048) para o nível adequado de LFS no grupo estudado. Conclusão: Os participantes com DRC em tratamento conservador obtiveram nível inadequado de letramento funcional em saúde e conhecimento suficiente em relação à doença e ao tratamento. Esses achados referentes ao conhecimento apontam que apenas a transferência dele para os usuários não é suficiente para decisões que envolvem o autogerenciamento da saúde.
Objective: To evaluate the level of functional health literacy and knowledge about chronic kidney disease (DRC) in patients under conservative treatment. Methods: This is a cross-sectional, descriptive, and quantitative study carried out in a public reference hospital in Pernambuco, Brazil, in 2018. The sample, non-probabilistic for convenience, included 34 patients in the outpatient follow-up of DRC with conservative treatment. The following instruments were applied: sociodemographic questionnaire, clinical profile, questionnaire on the knowledge of the basic principles in the conservative treatment of DRC, and the B-TOFHLA test (Brief Test of Functional Health Literacy in Adults), to evaluate the level of functional health literacy (LFS). Results: It was found that the knowledge of 85.3% (n = 29) of the participants is sufficient concerning the basic principles of conservative treatment of DRC. Regarding the LFS, the inadequate level was prevalent in 14.7% (n = 5) of the participants. Regarding the association of the influence of literacy on knowledge about the treatment of DRC, there was greater knowledge in the group with adequate literacy (90.0%; n = 9), while in the group with inadequate literacy (borderline), the prevalence of sufficient knowledge was 83.3% (n = 20). It was also observed that, in addition to education, religion is also statistically relevant (p = 0.003; p = 0.048) for the adequate level of FHL in the studied group. Conclusion: Participants with DRC under conservative treatment obtained an inadequate level of functional health literacy and sufficient knowledge about the disease and treatment. These findings referring to knowledge point out that just transferring it to users is not enough for decisions that involve self-management of health.
Objetivo: Evaluar el nivel de alfabetización funcional en salud y el conocimiento de la enfermedad renal crónica (ERC) de enfermos en tratamiento conservador. Métodos: Estudio transversal, descriptivo y cuantitativo realizado en un hospital público de referencia de Pernambuco, Brasil, en 2018. La muestra fue no probabilística y de conveniencia con 34 enfermos en seguimiento en el ambulatorio de ERC con tratamiento conservador. Se aplicaron los instrumentos a continuación: el cuestionario sociodemográfico, el perfil clínico, el cuestionario sobre el conocimiento de los principios básicos del tratamiento conservador de la ERC y la prueba B-TOFHLA (Brief Test of Functional Health Literacy in Adults), para evaluar el nivel de alfabetización funcional en salud (AFS). Resultados: Se verificó que el conocimiento del 85,3% (n=29) de los participantes es suficiente respecto los principios básicos del tratamiento conservador de la ERC. Respecto la AFS hubo prevalencia del nivel inadecuado en el 14,7% (n=5) de los participantes. Sobre la asociación de la influencia de la alfabetización para el conocimiento del tratamiento de la ERC, se verificó más conocimiento en el grupo con alfabetización adecuado (90,0%; n=9) mientras que en el grupo con la alfabetización inadecuada (limítrofe), la prevalencia del conocimiento suficiente ha sido del 83,3% (n=20). Se observó aún que, además de la escolaridad, la religión también es estadísticamente relevante (p=0,003; p=0,048) para el nivel adecuado de AFS en el grupo estudiado. Conclusión: Los participantes con ERC en tratamiento conservador tuvieron el nivel inadecuado de alfabetización funcional en salud y el conocimiento suficiente respecto la enfermedad y el tratamiento. Eses hallazgos referentes al conocimiento apuntan que solamente su transferencia para los usuarios no es el suficiente para las decisiones que implica la auto gerencia en salud.