ABSTRACT
No período de dezembro de 1993 a dezembro de 1996, foram isoladas 549 cepas de A. baumannii de pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo (HC-FMUSP, Brasil). Trinta e cinco cepas, das quais 21 epidemiologicamente relacionadas, foram utilizadas para avaliaçäo de duas metodologias moleculares de tipagem, respectivamente, eletroforese em campo elétrico variável (PFGE) e reaçäo em cadeia da polimerase com iniciadores arbitrários (AP-PCR). O objetivo deste estudo foi avaliar estes dois métodos moleculares e seu poder discriminatório para a caracterizaçäo de amostras de A. baumannii. Entre as 35 cepas analisadas, a metodologia de PFGE discriminou 12 padröes principais (A-L). Por outro lado, a metodologia de AP-PCR discriminou somente nove padröes (I-IX). A concordância entre as duas metodologias foi observada em 27 (77 por cento) das 35 amostras. As duas metodologias mostram-se muito eficientes na tipagem das cepas de A. baumannii. A metodologia de AP-PCR, como é rápida e de fácil execuçäo, pode ser usada como método inicial de tipagem, enquanto a metodologia de PFGE, por seu maior poder discriminatórios, pode ser usada nas cepas que näo puderam ser discriminadas por AP-PCR, mas requer mais trabalho e apresenta maior custo