ABSTRACT
OBJETIVO: Durante estudos radiológicos pode ocorrer a passagem do meio de contraste para a árvore traqueo-brônquica, determinando reações adversas e até fatais. O objetivo deste estudo é conhecer as alterações desencadeadas no trato respiratório pela presença do meio de contraste. MÉTODOS: Utilizaram-se 91 ratos divididos, aleatoriamente, em 4 grupos. Um grupo de controle näo manipulado com 7 animais e os demais grupos com 21 ratos. O grupo controle manipulado recebeu soluçäo fisiológica e os grupos de experimento: bário, iodo ônico e iodo näo iônico conforme o grupo a que pertenciam. Sob anestesia e visibilizaçäo direta da traquéia, injetou-se 0,75 ml/kg (0,25 ml) do meio de contraste de acordo com o grupo ao qual pertencesse o animal. Realizaram-se as aferições com 1 hora, 1 dia e 1 semana. Os ratos foram sorteados para a autanásia nos três tempos estudados. Fez-se documentaçäo radiográfica seguida da ressecçäo dos pulmöes e exame histo-patológico. RESULTADOS: Na primeira hora, no grupo que recebeu bário, os campos médios e o superior direito ficaram acometidos. Nos grupos que receberam iodo iônico e iodo näo iônico, todo o pulmäo direito mostrava-se opacificado. Nas avaliações de uma dia e 1 semana os grupos que receberam iodo estavam normais enquanto que o grupo que recebeu bário mostrava comprometimento dos campos médios. No estudo histo-patológico observou-se, no grupo que recebeu bário, na avaliaçäo de uma semana, grande quantidade de macrófagos intra-alveolares, perivasculares e peribrônquicos. CONCLUSÄO: Os contrastes iodados iônico e näo iônico levam a alterações passageiras enquanto que o bário promove reaçäo inflamatória crônica com manutençäo da traduçäo radiográfica, no rato