ABSTRACT
Os autores relatam o caso de uma paciente de 29 anos, com taquicardia supraventricular de QRS estreito e intervalo RP longo refratária ao tratamento clínico, que foi submetida a estudo eletrofisiológico. Os critérios que possibilitaram a definiçäo diagnóstica desse tipo de taquicardia foram: a atividade atrial mais precoce registrada no seio coronário proximal, o comportamento dual durante a estimulaçäo ventricular e a impossibilidade de antecipar a despolarizaçäo atrioal por meio da estimulaçäo ventricular com o His refratário com o His. Com o diagnóstico eletrofisiológico de taquicardia por reentrada nodal do tipo incomum foi realizada com sucesso a ablaçäo da via lenta utilizando energia de radiofrequência.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Catheter Ablation , Tachycardia, Atrioventricular Nodal Reentry/physiopathologyABSTRACT
A fibrilaçäo atrial é a arritmia mais comum na prática cardiológica e se associa a elevados índices de morbidade, principalmente relacionados aos eventos embólicos. O tratamento dessa entidade clínica depende de diversos fatores, como sintomas, duraçäo das crises e cardiopatia de base, observando-se taxas elevadas de até 50 "por cento" de recorrências em um ano com o tratamento antiarrítmico. O tratamento consiste na reversäo da arritmia por meio de cardioversäo elétrica ou medicamentosa na fase aguda, e na prevençäo das recorréncias na fase de manutençäo. Na impossibilidade de reversäo para o ritmo sinusal, o tratamento deve objetivar o controle farmacológico da frequência ventricular e a prevençäo dos fenômenos tromboembólicos. A modulaçä da conduçäo nodal e a ablaçäo da junçäo atrioventricular por meio de cateteres, utilizando-se radiofrequência como fonte de energia, podem ser indicados nos casos onde o controle farmacológicos foi ineficaz. Estudos iniciais apontam para um futuro promissor na ablaçäo cirúrgica ou por cateteres da fibrilaçäo atrial.