ABSTRACT
A Estratégia Saúde da Família amplia o modelo médico-centrado para o de equipe. A dimensão das relações intersubjetivas dos agentes de saúde com usuários é valorizada pela Política Nacional de Humanização, para qualifi car o cuidado e produzir saúde com integralidade. Por meio de 6 grupos focais, foram exploradas as práticas e as concepções de 40 agentes sobre o engajamento pessoal e coletivo no cuidado humanizado, em seis unidades de um município em Mato Grosso do Sul-BR. As análises das conversações evidenciaram oscilações entre empenho e impotência dos agentes ao não conseguirem proporcionar cuidados plenos, principalmente quando se demandavam técnicas, procedimentos e coordenação de ações pela gestão e intersetoriais. A efetivaçãoda PNH, transversal à Saúde da Família, é indissociável da qualidade local do SUS; essa afeta as possibilidades reais da humanização, da sustentabilidade do engajamento dos agentes no acolhimento e os planos: subjetivo e intersubjetivo do trabalho em saúde. Gestores devem acolher percepções e expressões de impotência e frustração dos agentes, tomando-as como expressivos, também, de problemas estruturais e de processo a serem manejados
The Family Health Strategy (Estratégia de Saúde da Família) extends the doctor-centered model to the team model. Conversations between health workers and users are valued by the National Policy of Humanization (Plano Nacional de Humanização - PNH). The practices and concepts of 41 agents on personal and collective engagement in humanized care were investigated in six health services in a municipality in the State of Mato Grosso do Sul. The content analysis showed that agents oscillate between effort and impotence, because they cannot provide full care to patients, especially when techniques, procedures, and coordination of actions by the management are demanded. The implementation of the National Policy of Humanization, cross-sectional to the Family Health Strategy, is fundamental to the local quality of the Public Health Service (SUS); it affects the real possibilities of humanization, the sustainability of agents engagement in care, and the health service subjectivity. Managers must care about the perceptions and expressions of helplessness and frustration from workers, taking them as indicative of structural and process problems that should to be managed