ABSTRACT
Os autores analisam seqüencialmente os aspectos clínicos e terapêuticos de 105 doentes em neuralgia do trigêmeo. A média de idades foi de 61,6 anos; 64,8 por cento dos doentes eram do sexo feminino. A dor foi descrita, mais freqüentemente, como choque de curta duração, esteve principalmente localizada no território da segunda divisão do nervo trigêmeo e o mecanismo-gatilho mais comum foi a mastigação. O tratamento medicamentoso em todos os casos constituiu no uso da carbamazepina em doses crescentes. Quando ocorreram efeitos indesejáveis, a fenitoína foi a droga substituta em 7,1 por cento dos casos. Apesar de ter ocorrido melhora inicial na maioria dos casos, 40 (47 por cento) doentes necessitaram de tratamento cirúrgico: a rizotomia percutânea mecânica com balão do nervo trigêmeo foi o único procedimento em 95,9 por cento desses casos; a rizotomia percutânea por radiofreqüência foi necessária em 4,1 por cento dos casos, todos refratários à compressão. Todos os doentes apresentaram melhora significativa da sintomatologia após a execução dos procedimentos operatórios.