Gangrena Gasosa desencadeada pela aplicaçäo subcutânea de fator de crescimento celular? / Gaseous gangrene due to parenteral administration of growth stimulation factor?

Apresentamos neste relato o caso de um paciente com 34 anos de idade portador de leucemia linfoblástica aguda, com sintomas de dor intensa em regiäo lombo-sacra e coxo-femoral direita. O local apresentava edema, crepitaçäo que rapidamente se instalou e envolveu pelve e perna esquerda.

Bacteremia induzida pelo trabalho de parto: cabe a profilaxia da endocardite infecciosa? / Bacteremia induced by labor: is prophylaxis for infective endocarditis necessary?

PURPOSE--To characterize the occurrence of bacteremia during delivery and to verify the necessity of prophylaxis against infective endocarditis. METHODS--The authors collected hemoculture of 100 women, 15,30 and 45 minutes after delivery. The data were collected from May 1992 until May 1993. The positive hemocultures were followed by antibiogram. RESULTS--Seven hemocultures were positive: six for Staphylococcus, one for Candida sp, Penicilium sp, Clandosporum sp and Aspergillus sp that were found in association. Four patients had prematures amniorrhexis, longer than 6 hours before delivery (p < 0.05). Six patients had labor longer than 6 hours after admission (p < 0.05). The authors did not observe differences related to vaginal delivery with or without forceps or cesarean section. The samples were all sensible to cefalotin at the antibiogram. CONCLUSION--Labor and delivery is a high risk procedure for bacteremia and so for ineffective endocarditis in susceptible patients. The statistical analysis recognize as risk factors labor longer than 6 hours inside the hospital and premature amniorrhexis. We propose the use of intravenous cefalotin 1g 60 minutes before expulsion and repeated 6 and 12 hours later

Estudo da persistência de colonizaçäo em pacientes infectados por Salmonella / Persistence of colonization time in patients infected by Salmonella

A salmonela näo-typhi tem se constituído em importante causa de infecçäo nosocoial no Brasil, atingindo níveis endêmicos em alguns Estados na década de 70 e 80, alcançando principalmente lactentes jovens. Neste trabalho, estudamos prospectivamente 25 lactentes de idade variando de quatro a 180 dias de vida para verificar a duraçäo do período de portador da infecçäo e suas repercussöes clínicas. Após o diagnóstico, estas crianças foram acompanhadas mensalmente, com exames clínicos e com cultura de material obtido de pele, orofaringe, urina, fezes, aparelho geniturinário, narina e conduto auditivo. Dezoito (72%) dos pacientes persistiam colonizados com quatro semanas, dez (40%) persistiam com oito, sete (28%) com 12, quatro (16%) com 16, quatro (16%) com 20 e um (4%) com 24 semanas. Em 11 casos foi feito estudo seriado das amostras isoladas quanto ao biotipo e sensibilidade antimicrobiana. Em todos os casos, os biotipos das bactérias isoladas foram os mesmos durante todo o seguimento, caracterizando-a como da mesma cepa. Concluímos que existe uma persitência de excreçäo da salmonela pelo organismo que pode atingir até 24 semanas. Esta excreçäo pode se constituir em uma fonte de disseminaçäo, tanto através do pessoal de saúde, como no contato interpessoal, intra-hospitalar ou domiciliar. O uso de agentes antimicrobianos näo erradica a salmonela, apesar de melhorar o estado clínico dos pacientes durante a doença aguda