ABSTRACT
Objetivo: avaliar a influência do vírus da imunodeficiência humana na evoluçao da gravidez, independente de outros fatores. Pacientes-Métodos: foi acompanhada a evoluçao obstétrica de 95 pacientes HIV positivas, que nao apresentavam sintomas da doença (AIDS), nao eram usuárias de drogas pesadas (cocaína e crack) e nao tinham evidência de sífilis em atividade. O grupo-controle era constituído por 798 parturientes HIV negativas, com as mesmas características do grupo de estudo. Resultados: no grupo das gestantes HIV positivas nao encontramos nenhuma paciente com idade superior a 35 anos, assim como foi menor a percentagem de primíparas (l6,8 por cento vs 36,2 por cento) e maior a de grandes multíparas (42,1 por cento vs 25,2 por cento). Cerca de 16,8 por cento das pacientes soropositivas nao sabiam informar a data da última menstruaçao em relaçao a 5,5 por cento do grupo-controle. No grupo das gestantes HIV positivas encontramos diferenças significativas em relaçao à presença de amniorrexe prematura (20 por cento vs 6 por cento), líquido amniótico meconial (38,9 por cento vs 18,4 por cento), resoluçao por cesariana (29,5 por cento vs 15,3 por cento) e baixo peso do recém-nascido (20,8 por cento vs 11,8 por cento). Conclusoes: a presença do HIV na circulaçao materna, e provavelmente na fetal pode modificar a evoluçao da gestaçao.