ABSTRACT
Monitorizaçäo pressórica de 24 horas (MP24h) tem sido usada no estudo de complicaçöes crônicas do diabetes pelo seu potencial de identificar distúrbios nao evidenciáveis às mediçöes ambulatoriais. Comparamos 1) a pressäo arterial (PA) de 24h de 23 indivíduos com diabetes insulino-dependente sem nefropatia (normoalbuminúricos ou "Normo"), com 14 portadores de microalbuminúria ("Micro") e com grupo näo-diabético ("NI") (n=10); 2) parâmetros eco-cardiográficos entre os diabéticos. Além de PA e frequência cardíaca (FC), as cargas sistólicas (percentual de registros de PA sistólica > 140 mmHg no período diurno e >120 mmHg no noturno) e diastólicas (valores de corte: 90 e 80 mmHg) foram obtidas e os descensos noturnos da PA calculados. Os grupos diabéticos näo diferiram quanto à dose de insulina e controle glicêmico. A PA sistólica diurna dos diabéticos foi maior que a dos NI, näo diferindo entre Normo e Micro (119+7 vs 126+8 e 130+8 mmHg; NI, Normo e Micro, respectivamente, p<0,01), padräo este observado também para a PA sistólica noturna (103+7 vs 109+8 e 116+13 mmHg; p<0,05). Näo houve diferença entre os grupos quanto às PA diastólicas. As PA médias diurnas (91+4 vs 98+4 mmHg) e noturnas (76+5 vs 85+9 mmHg) foram menores no NI do que nos Micro (p<0,05). A FC näo diferiu entre os grupos. Todos tiveram queda da PA e FC à noite com o sono. A carga sistólica diurna foi maior nos Micro do que nos NI, näo havendo diferença estatística entre Normo e Micro (Mi=0,8 vs 4,5 e 17,8 por cento; NI, Normo e Micro, p<0,01), embora nítida a tendência dos últimos a cargas mais altas. A carga diastólica diurna foi menor nos NI do que nos Micro, sem diferença entre os grupos diabéticos (Mi=2,3 vs 8,1 e 20,8 por cento; p<0,02). As cargas noturnas dos 3 grupos foram similares. O descenso noturno da PA média dos NI foi maior em comparaçäo com os grupos diabéticos (Mi=20,6 vs 14,8 e 14,8 por cento; p<0,05). O índice de massa de ventrículo esquerdo (MVE), dentro da faixa normal, näo diferiu entre Normo e Micro (82,8+23,6 e 89,5+21,3 g/m2). Näo houve correlaçäo entre albuminúria, descenso noturno e MVE. A MP24h revelou que o estado diabético, independente da presença de nefropatia, se associa a aumento da PA. Nesta amostra näo foi possível separar diabéticos Micro e Normo, usando parâmetros como cargas pressóricas e descenso noturno no PA. A MVE näo mostrou utilidade para reconhecer precocemente o dano renal, se comparada à albuminúria. Outras disfunçöes próprias da doença...
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Diabetes Mellitus, Type 1/complications , Diabetic Nephropathies/diagnosis , Diabetic Nephropathies/etiology , Arterial Pressure/physiology , Albuminuria , Diabetes Mellitus, Type 1/physiopathology , Monitoring, Physiologic/methods , Diabetic Nephropathies/physiopathology , Time FactorsABSTRACT
As síndromes poliglandulares auto-imunes (SPAs) caracterizam-se pela associaçäo de duas ou mais endocrinopatias auto-imunes no mesmo indivíduo. A relaçäo cronológica entre o aparecimento das tiroidopatias auto-imunes (moléstia de Basedow Graves e tiroidite de Hashimoto) e do diabetes mellitus tipo I nas SPAs näo está bem estabelecida. A fim de melhor avaliar essa seqüência de eventos, analisamos 44 portadores de diabetes mellitus do tipo I e quadro clínico e/ou laboratorial de outra endocrinopatia ou doença auto-imune associada (SPA), sendo 38 mulheres e seis homens, com idades variando entre 10 e 73 anos. Observamos que nesses pacientes, o diabetes incide predominantemente na quarta década de vida e, em 93 por cento dos casos está associado a uma tiroidopatia auto-imune. A moléstia de Basedow Graves usualmente precede o desenvolvimento do diabetes diferentemente da tiroidite de Hashimoto (p=0,002). Esses dados enfatizam a importância da pesquisa de diabetes mellitus do tipo I em portadores de moléstia de Basedow Graves, assim como da investigaçäo de tiroidite de Hashimoto em portadores de diabetes mellitus do tipo I, através da avaliaçäo da funçao dos órgäos-alvo e/ou verificaçäo de marcadores imunológicos.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Diabetes Mellitus, Type 1 , Diabetes Mellitus, Type 1/diagnosis , Graves Disease/diagnosis , Graves Disease/epidemiology , Polyendocrinopathies, Autoimmune , Thyroiditis, Autoimmune , Thyroiditis, Autoimmune/diagnosis , Age of Onset , Retrospective Studies , Time FactorsABSTRACT
O adenoma de hipófise é um importante diagnóstico diferencial dos tumores da regiao diencéfalo-hipofisária, em se considerando suas possibilidades terapêuticas e prognóstico. Sete a 1O por cento destes adenomas tem comportamento invasivo, sendo que 44 por cento deles apresentam hipersecreçao hormonal. Relatamos o caso de um paciente de 44 anos de idade com diagnóstico radiológico de cordoma, tendo sido tratado como tal em serviço de neurocirurgia. No entanto, ao realizar-se a avaliaçao hormonal e a imunohistoquímica posteriormente, constatou-se ser um caso de prolactinoma gigante, sendo entao o paciente tratado com Parlodel-LAR (Sandoz). Houve excelente melhora clínica e laboratorial, bem como uma drástica diminuiçao do volume tumoral. Com este caso ressaltamos a importância de se realizar avaliaçao hormonal para o diagnóstico diferencial dos tumores desta regiao.