ABSTRACT
Várias afecções clínicas, incluíndo guadros inflamatórios crônicos, geram condições para que a lipoproteína de baixa densidade (LDL) seja submetida a processo oxidativo, químico e biológico, gerando, assim, partículas modificadas de LDL (mLDL). Esses derivados da LDL estão envolvidos na patogênese da aterosclerose. Diversos componentes da mLDL são biologicamente ativos e uma de suas ações predominantes é a de interagir com as células dos sistema imune, induzindo resposta imune mediada por anticorpos. Essa resposta pode ser benéfica para os indivíduos (por exemplo, protegendo contra efeitos deletérios da mLDL) ou induzir uma reação autoimune relacionada à mLDL, causando alterações patológicas ao paciente. Os avanços no conhecimento das propriedades fisiopatológicas da mLDL e na possibilidade de se utilizar anticorpos como biomarcadores na detecção, na avaliação, no diagnóstico e no acompanhamento da aterosclerose serão discutidos neste artigo.