ABSTRACT
A síncope na infância é uma manifestação clínica relativamente comum e corresponde a pelo 1 por cento dos atendimentos em salas de emergência pediátrica. Por outro lado, cerca de 15 por cento das crianças apresentarão pelo menos um episódio até a segunda década de vida. A síncope na infância pode ser definida como a perda súbita da consciência e do tônus postural, com recuperação espontânea. Em muitas crianças, o episódio de síncope é benigno, geralmente secundário a um distúrbio do controle autonômico (síncope neurocardiogênica, responsável por 50 por cento ou mais de todos os casos). No tratamento da síncope, a identificação das causas e, conseqüentemente, dos mecanismos é fundamental para seu sucesso. Muitas vezes uma investigação cara e prolongada não é necessária quando se tem uma história clínica consistente, o que dispensaria uma razoável quantidade de exames complementares. Neste artigo serão discutidas as abordagens diagnóstica e terapêutica da síncope em crianças.