ABSTRACT
Avaliou-se o processo de congelamento lento utilizando etilenoglicol 1,8 M, quanto à taxa de eclosão de blastocistos, rompimentode zona pelúcida e extrusão celular. Blastocistos de sete dias classificados como de graus I e II foram distribuídos emdois tratamentos: T1(embriões a fresco ) e T2 (congelamento lento com etilenoglicol 1,8 M). Realizou-se o congelamento emaparelho automático com curva de -6 a -35C e queda de 0,5C/min. Os embriões congelados foram estocados em nitrogêniolíquido. Imediatamente após o descongelamento os blastocistos foram cultivados individualmente em gotas de 100 ml domeio Glasgow BHK 21, onde permaneceram por 72 horas. Os embriões do T1 também foram submetidos a essas condições.A taxa de eclosão foi maior no T1 (P 0,01), assim como as de rompimento de zona pelúcida e extrusão celular foram maioresno T2 (P 0,01). Concluiu-se que a criopreservação de embriões bovinos produzidos in vitro, em etilenoglicol 1,8M, resultou emtaxas de eclosão satisfatórias, mesmo provocando danos como lesão de zona pelúcida e extrusão celular.
ABSTRACT
Avaliou-se a capacitação espermática in vitro de touros por meio da viabilidade espermática e indução da reação acrossômica.Utilizou-se sêmen congelado de touros da raça Gir, que após descongelado foi incubado in vitro com O ou 1 O J.tg/ml de heparinapor quatro horas, para a capacitação, adicionando-se em seguida lisofosfatidilcolina por 15 minutos, para indução da reação. acrossômica. Foram feitas lâminas para análise da viabilidade espermática (coradas com eosina/nigrosina) e reaçãoacrossômica (coradas com naftol amarelo), antes e após o período de incubação. O tratamento com heparina proporcionoumaior taxa de espermatozóides com reação acrossômica (P 0,05), sem afetar a viabilidade espermática. Observou-se diferençaentre touros quanto à viabilidade espermática e reação acrossômica antes e após a incubação com heparina +lisofosfatidilcolina (P 0,05). O touro com maior reação acrossômica apresentou menor viabilidade espermática. Conclui-se,pelos resultados, que o sêmen antes de ser usado na fecundação in vitro, ou mesmo na monta natural ou inseminação, devater avaliada a capacitação espermática in vitro por meio da análise da taxa de viabilidade espermática e da taxa de reaçãoacrossômica, por ambas apresentarem diferenças entre indivíduos.
ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação de um análogo de GnRH (Buserelina), aplicado no dia da inovulação de embriões;nos níveis plasmáticos de progesterona e, conseqüentemente, na taxa de gestação de receptoras mestiças Holandês vsZebu. Foram realizadas cinco coletas de sangue a partir do dia da inovulação e intervaladas de 48 horas, para avaliar aconcentração de progesterona. Após 50 dias da inovulação, através do exame transretal, foi observado que 60% (12/20) dosanimais do grupo tratado ficaram gestantes e no grupo controle foi obtida uma taxa de gestação de 50% (10/20). Essesrestlttados não foram significativos pelo teste de Qui-quadrado. No entanto, os níveis séricos de progesterona dos animais dogrupo tratado foram maiores (p 0,05) que do grupo controle. Através dos resultados obtidos conclui-se que a aplicação de1 Omg de buserelina no dia da inovulação do embrião causou um incremento na concentração de progesterona dos animaistratados, sem contudo resultar em aumento na taxa de· gestação.
ABSTRACT
O exame ginecológico de 3408 fêmeas bovinas, em 50 rebanhos leiteiros da Zona da Mata de Minas Gerais, revelou 384(11 ,3%) casos de infecção uterina, das quais 186 (5,5%) de primeiro grau ou catarral, 162 (4,8%) do segundo grau oumucopurulenta e 36 (1, 1 %) do terceiro grau ou purulenta. Destas, 12 animais encontravam-se no período puerperal (até 90dias pós-parto), com 1 O em anestro, dos quais três por corpo lúteo (CL) persistente. Nos 24 casos restantes os animaisencontravam-se no período pós-puerperal (acima de 90 dias pós-parto), com 14 em anestro, dos quais seis por CL persistente,incluídos quatro fetos macerados. Não se verificou nenhum caso de infecção uterina do primeiro e segundo grau induzindopersistência de CL. Esta foi confirmada por palpação transretal (presença de CL no mesmo ovário e mesma posição em doisexames com intervalo de 1 O a 12 dias), por dosagem de progesterona no sangue a cada sete dias, por observação visual do estro e pelo retorno do estro após aplicação de Prostaglandina F2a. Os nove casos de infecção uterina do terceiro grau queprovocaram anestro por persistência do CL correspondem a 0,3% do total de 3.408 vacas examinadas ou 25% dos 36 casosde infecção uterina do terceiro grau. Os resultados revelam baixa prevalência de CL persistente provocado por alteração domecanismo luteolítico devido à infecção uterina, não representando importante causa de i