ABSTRACT
Traumatismos orbitários podem estar associados à presença de corpos estranhos, cuja retençäo leva a prejuízos, como perda da visäo ou abscesso cerebral. Apresentamos o caso de um homem de 21 anos, que evoluiu com ptose palpebral, limitaçäo dos movimentos oculares e reaçäo inflamatória no olho direito, após colisäo com um galho de árvore. A TC de órbitas evidenciou uma área de densidade aumentada no cone orbitário direito. Após a retirada neurocirúrgica do corpo estranho, um fragmento de madeira medindo 2,0x0,3 cm, o paciente evoluiu bem, sem déficit visual, com regressäo da ptose e resoluçäo do processo inflamatório. A TC de controle pós-operatório näo identificou fragmentos do corpo estranho. O caso chama a atençäo pelo fato de o fragmento de madeira ter sido visualizado no estudo tomográfico com densidade elevada (136 UH) 2 meses após o acidente e pela aplicaçäo da craniotomia supra-orbitária para a sua retirada