ABSTRACT
O comando neural e a resposta bentilatória repouso e durante o estímulo metabólico proporcionado pelo exercício foram avaliados em 20 pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em fase estável e em 10 indivíduos normais, Nosso objetivo foi pesquisar possíveis diferenças dessas variáveis: a) entre os pacientes com DPOC normo e hipercápnicos; e, b) entre esses pacientes e indivíduos normais. O comando neural ventilatório, avaliado através da pressäo de oclusäo inspiratória (Poc0 e da relaçäo entre a Poc e a produçäo de CO2 (Poc/VCO2), näo diferiu entre os grupos de pacientes hiper e normocápnicos. Entretanto, maior comando foi detectado nos pacientes com DPOC em repouso e em exercício em relaçäo aos normais (xPoc repouso DPOC: 2,56 cm H2O,; normais: 1,47 cmJ2O - P < 0,05). Uma correlaçäo negativa entre os valores do volume expiratório forçado no 1§ segundo, em porcentagem do previsto (VEF1) e os da Poc foi observada nesses pacientes, sugerindo que a obstruçäo das vias aéreas pode ter determinado a estimulaçäo de receptores broncopulmonares e da caixa torácica, com conseqüente aumento do comando neural. A avaliaçäo ventilatória (VI e a relaçäo volume corrente/tempo inspiratório - VC/TI) foi semelhante nos pacientes com DPOC com normo. Como a Poc foi maior na DPOC, ocorreu sensível reduçäo na efetividade ventilatória (relaçöes Poc/VC/TI e Poc/VI) dos pacientes em relaçääo aos normais. Nítida diferença no padräo respiratório foi observada nos pacientes em relaçäo aos normais, caracterizada por menor VC e maior f. Os menores valores da relaçäo tempo inspsiratório/tempo total do ciclo (TI/TTOT) na DPOC durante o esforço (exerc.: OW; 50W - xDPOC: 0,39; 0,42 vs x normais: 0,46; 0,46 - p < 0,05) sugerem um possível mecanismo de defesa desses pacientes, prevenidno o desenvolvimento de fadiga da musculatura respiratória, nessa circunstância