ABSTRACT
Os autores relatam sua experiência em 44 casos de hipertensäo portal esquistossomótica tratados cirurgicamente no Hospital Universitário da UFPb, num período de três anos. Foram utilizados três tipos de operaçäo: desconexäo ázigo-portal + esplenectomia (D.A.P.E.) em 22 casos (50%); descompressäo portal seletiva (D.P.S.) em 15 casos (34,1%), e esplenectomia + ligadura de varizes do esôfago (E.L.V.E.) em 7 pacientes, (15,9%). A cirurgia foi realizada profilaticamente em 10 casos (22,7%). A taxa média de recidiva hemorrágica foi de 22,7%, sendo mais elevada nas cirurgias de desvascularizaçäo e ligadura de varizes, enquanto a encefalopatia portossistêmica (E.P.S.) ocorreu em 6,6% dos pacientes submetidos à D.P.S. A mortalidade global foi de 6,8%. Os melhores resultados, independentemente do tipo de operaçäo realizada, foram os obtidos com os pacientes operados profilaticamente, o que sugere que a cirurgia profilática deve ser considerada nos pacientes portadores de varizes calibrosas e residentes em zonas endêmicas carentes de assitência médica