ABSTRACT
ABSTRACT Introduction Tibia shaft fractures are among the most common in orthopedic practice, but Brazilian literature remains limited on the subject. Objective To evaluate the characteristics of tibia shaft fractures and conduct a comparison between exposed and closed fractures of the tibia. Methods This comparative prospective study examined all tibia shaft fractures admitted to our services over a twelve-month period. The cases were evaluated according to age, trauma mechanism, sex, associated fractures, treatment, hospital stay, and readmission rate during the six months after discharge. Results Fifty-three cases met the inclusion criteria. The average age was 36 years (SD 14.3) and 83% were males (p<0.001). Traffic accidents were responsible for 73.6% of fractures (p<0.001). Exposed fractures were found in 52.8% of the cases (p=0.56). When initial treatment consisted of stabilization with external fixation, these cases were more likely to be rehospitalized (p=0.009). Cases of open fracture also had longer hospital stays (p<0.001) and a higher readmission rate (p=0.028). Conclusion Open fractures are associated with more severe trauma, expressed in longer hospital stays and high rates of readmission. Cases of fracture which were initially treated with external fixation had a higher readmission rate. Level of Evidence II; Prospective comparative study.
RESUMO Introdução Fratura diafisária de tíbia é uma das fraturas mais comuns na prática ortopédica, porém a literatura brasileira ainda é limitada na sua avaliação. Objetivo Avaliar as características das fraturas diafisárias de tíbia e realizar uma comparação entre as expostas e fechadas. Material e Métodos Foi realizado um estudo, prospectivo comparativo por 12 meses, com todas as fraturas diafisárias de tíbia admitidas. Os pacientes foram avaliados nos seguintes critérios: idade, mecanismo de trauma, sexo, fraturas associadas, tratamento, tempo de internação e índice de reinternação nos seis meses subsequentes à alta. Resultados Foram avaliados 53 casos que se encaixavam nos critérios de inclusão. A idade média dos pacientes avaliados no nosso estudo era de 36 anos (DP14,3), 83% eram homens (p<0,001). Acidente de tráfego foi responsável por 73,6% (p<0,001). Lesões expostas foram encontradas em 52,8% (p=0,56). O fixador externo, quando utilizado como método de estabilização inicial, apresentou maior índice de reinternação (p=0,009). As lesões expostas apresentaram tempo de internação (p<0,001) e índice de reinternação superior as fechadas (p=0,028). Conclusões As fraturas expostas estão envolvidas com traumas de maior gravidade, tanto pelo tempo aumentado de internação hospitalar quanto pelo alto índice de reinternação. Fraturas tratadas inicialmente com fixador externo apresentam maior taxa de reinternação. Nível de Evidência II; Estudo prospectivo comparativo.