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1.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 5(1): 77-86, jan.-mar. 2005. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-399762

ABSTRACT

OBJETIVOS: compreender a representação social que mulheres casadas, em situação de pobreza, possuem acerca da AIDS. Dessa forma, se espera contribuir para que o enfrentamento da epidemia se dê de forma mais sintonizada com a realidade em que essa acontece. MÉTODOS: foram realizadas 16 entrevistas, com mulheres em situação de pobreza, com relação conjugal estável. Essas entrevistas foram gravadas, transcritas e agrupadas segundo critérios de avaliação e análise. A análise foi feita com base na proposta da hermenêutica, que se refere à leitura das entrelinhas. RESULTADOS: foi observado um aumento da vulnerabilidade feminina frente à infecção pelo HIV/AIDS, baseado na representação social que essas mulheres têm da AIDS, visto que suas percepções acabam por lhes fornecer uma falsa sensação de imunidade, pois elas não se encaixam dentro do perfil que imaginam como sendo de quem apresenta o vírus ou a própria doença. CONCLUSÕES: o perfil epidemiológico atual da AIDS aponta a mulher como alvo da infecção. Isso ocorre principalmente através das relações sexuais, que são ditadas pelas relações de gênero. Para elas a AIDS é um mal distante; se próximo, não lhes pertence, se lhes pertence é legitimado por ser "obra de Deus" ou por ser próprio do papel de esposa.


Subject(s)
Acquired Immunodeficiency Syndrome , Women , Vulnerable Populations
2.
Recife; s.n; 2003. 108 p. tab.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-387838

ABSTRACT

A aids é uma doença moderna e, em pouco mais de 20 anos, foram construídos conceitos e idéias que a estigmatizaram e até hoje a acompanham. A incidência dos primeiros casos de aids em homens jovens, quase exclusivamente homossexuais, estabeleceu uma relação intrínseca entre aids e comportamento sexual e, ao invés de mostrar o que há de comum nas práticas sexuais, apenas reforçou estigmas e preconceitos sobre sexo imoral. A crença de que a AIDS fosse restrita a grupos, como homossexuais masculinos, bissexuais e usuários de drogas endovenosas, simulou uma invulnerabilidade a outros grupos e, por muito tempo, a idéia de disseminação da infecção via práticas heterosexuais foi negada. Quando se deu a notificação dos primeiros casos de mulheres infectadas, um novo fator de proteção foi automaticamente pensado: a aids era uma doença apenas de mulher promíscua. Neste contexto, a mulher, fora dessa categoria, se revestia de uma proteção ilusória que apenas favoreceu o aumento de sua vulnerabilidade frente à infecção. Em geral, mulheres pobres, com grau de escolaridade pouco expressivo, foram sendo contaminadas, vítimas de um pensamento hegemônico de invulberabilidade feminina, reforçada pelo contexto da heterossexualidade e monogamia em que estavam inseridas. Esse trabalho propõe a resgatar a compreensão do imaginário que mulheres casadas, em situação de pobreza, moradoras do bairro de Alberto Maia, Camaragibe, PE, possui acerca da aids. Dessa forma, se espera contribuir para que o enfrentamento da epidemia se dê de forma mais sintonizada com a realidade em que esta acontece. Esse estudo exigiu uma abordagem qualitativa, tendo em vista a subjetividade do objeto, na qual utilizamos a observação participante, a pesquisa documental e a entrevista semi-estruturada. Os resultados obtidos nos mostraram que as representações sociais utilizadas por essas mulheres para expressar a aids, estão revestidas de idéias que as afastam da possibilidade de algum dia apresentarem este mal. Este fato remete a crença de imunidade permanente e de imortalidade que o homem possui, e que tantas vezes já foram retratadas historicamente


Subject(s)
Humans , Female , Acquired Immunodeficiency Syndrome/epidemiology , Vulnerable Populations , Women , Qualitative Research , Risk Factors , Social Perception
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