ABSTRACT
A partir da prevalência de infecçäo tuberculosa em escolares com 7 anos de idade, calculou-se a taxa de reduçäo do risco anual de infecçäo na cidade de Säo Paulo (Brasil), entre 1974 e 1982. Nesse período o declínio médio foi de 5% ao ano. Nas 59 escolas municipais pesquisadas näo houve correlaçäo entre a cobertura de vacinaçäo BCG e a prevalência de infecçäo natural em näo-vacinados, à idade estudada. A alergia tuberculínica no grupo de crianças vacinadas, que recebeu a vacina em alguma idade anterior entre o 1 e o 6 ano de vida, revelou-se 2,5 vezes mais intensa do que a alergia no grupo de mesma idade (7 anos), näo vacinado previamente. Foram feitos comentários quanto à impropriedade do material utilizado com vistas ao cálculo do verdadeiro valor do risco de infecçäo tuberculosa na área em questäo
Subject(s)
Child , Humans , History, 20th Century , Tuberculosis/epidemiology , Health Surveys , Tuberculin Test , BCG Vaccine , RiskABSTRACT
Analisa-se a evoluçäo da prevalência da infecçäo tuberculosa em crianças de 7 anos de idade, näo vacinadas com BCG intradérmico, matriculadas em Escolas Públicas Municipais de 1o. grau localizadas no município de Säo Paulo. A prevalência caiu de 7,4% em 1974 para 4,9% em 1982, correspondendo a um declínio médio do risco de infecçäo da ordem de 5% ao ano. A partir dos riscos anuais do período, estimaram-se as incidências anuais de casos bacilíferos, as quais foram cotejadas com as incidências notificadas. A relaçäo incidência notificada/incidência estimada passou de 36% em 1977 para 55% em 1982, possivelmente em conseqüência da expansäo da busca de casos, associada à melhoria na sistemática de notificaçöes. É discutida a validade de se utilizar os resultados da amostra para o Estado como um todo, bem como a influência da cobertura BCG na prevalência de infecçäo em näo vacinados