ABSTRACT
Introdução: Dados da literatura mostram que a torção de tornozelo é a lesão mais freqüente no voleibol, sendo responsável por 15 por cento a 60 por cento das lesões que acometem esta articulação. Ocorre principalmente por um mecanismo de inversão forçada da articulação subtalar, após contato de um jogador com o oponente ou colega. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar retrospectivamente a incidência e os fenômenos associados às torções de tornozelo durante a prática do voleibol. Material e métodos: Aplicação de um questionário às atletas em clubes de São Paulo, Recife, Brasília e Paraná nas diferentes categorias. O protocolo da pesquisa investiga dados sobre as torções de tornozelos, tais como: mecanismo da lesão, fundamento que praticava no momento da torção, uso da tornozeleira, se houve tratamento médico e/ou fisioterápico e o tempo de afastamento da prática esportiva. Resultados: Foram preenchidos 188 protocolos por atletas do sexo feminino no segundo semestre de 1999 e primeiro semestre de 2000. A média de idade das atletas é de 17,9 anos, variando de 13 a 46 anos. Destas atletas, 47 (25 por cento) são profissionais. O tempo médio de prática de voleibol é de 6,2 anos. Nosso trabalho demonstrou que 183 (77,6 por cento) das torções de tornozelo incidiram na rede, principalmente após o bloqueio (100 - 42,4 por cento)ou o ataque (77 - 32,6 por cento). Em 30 das 236 torções (12,7 por cento) ocorridas durante a prática do voleibol, as atletas relataram o uso de tornozeleira no momento das lesões. Conclusão: Concluímos que a torção de tornozelo é a principal lesão que ocorre nas atletas praticantes de voleibol devido ao contato com o pé da colega ou oponente. Também concluímos que a orientação médica realizada por profissional especializado ainda não se tornou conduta habitual nos nossos clubes