Prevalência da hipersensibilidade dentinária cervical nos pacientes da Clínica Integrada I da Unimontes - Montes Claros - MG / Prevalence of cervical dentin hypersensitivity in patients of a dental clinical at Unimontes - Montes Claros - MG

O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de hipersensibilidade dentinária cervical HSDC nos pacientes atendidos na clínica da Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTES, no 2° semestre de 2001. A coleta de dados foi realizada através de anamnese e exame clínico. A prevalência de HSDC foi de 71,43 porcento. Os indivíduos com hipersensibilidade tem idade superior do que aqueles que não tem tal diagnóstico (p=0,017). O quadro esteve, também,estatisticamente associado com o relato de consumo de substâncias ácidas (p=0,0036). Os dentes mais acometidos foram os anteriores-inferiores (26,31 porcento) seguidos pelos prémolares inferiores (26,39 porcento). A superfície vestibular (85,96 porcento), foi a mais acometida. Concluiu-se que a prevalência de HSDC, nesta população, é alta, merecendo, pois, maior atenção do cirurgião-dentista. A idade e o consumo de substância ácida esteve associado com o diagnóstico de HSDC. Estudos de base populacional deveriam incluir a avaliação desse quadro para a implementação de ações coletivas e clínicas

Correlaçäo entre grau de conversäo, microdureza e conteúdo inorgânico em compósitos / Correlation between degree of conversion, microhardness and inorganic content in composites

Este estudo teve como objetivo avaliar a correlaçäo entre grau de conversäo e microdureza em resinas compostas, e o efeito do conteúdo de partículas e do tipo de unidade fotoativadora sobre esses parâmetros. Três resinas compostas (Artglass®, Solidex® e Zeta LC®) foram polimerizadas em três diferentes unidades laboratoriais (UniXS®, Solidilite® e unidade Experimental). Para cada material, quinze corpos-de-prova foram confeccionados em uma matriz metálica, e submetidos às análises do grau de conversäo, através de espectroscopia de infravermelho, e da microdureza. O conteúdo de partículas inorgânicas foi determinado por análise termogravimétrica (TGA). O comportamento conjunto das variáveis - grau de conversäo e microdureza - foi medido através do coeficiente de correlaçäo de Pearson. Para a resina Artglass®, o grau de conversäo variou de 37,5 por cento a 79,2 por cento, com valores de microdureza de 32,4 a 50,3 (r=0,904). Para a resina Solidex®, o grau de conversäo variou de 41,2 por cento a 60,4 por cento, com valores de microdureza de 33,3 a 44,1 (r=0,707). Para a resina Zeta LC®, os valores de conversäo e microdureza foram, respectivamente, de 62,0 por cento a 78,0 por cento e de 22,6 a 33,6 (r=0,710). Concluiu-se que o uso das diferentes unidades resultou em variaçöes dos valores de conversäo em funçäo das características específicas de cada unidade. Para cada material, uma forte correlaçäo entre conversäo e microdureza foi observada. Além disso, quando materiais diferentes foram comparados, observou-se que o conteúdo de partículas inorgânicas afetou diretamente os valores de microdureza, näo interferindo no grau de conversäo

Aids e controle de infecçäo cruzada na prática odontológica: percepçäo e atitudes dos pacientes / Aids and cross-infection control in the dental practice: patient's perception and attitudes

Com o objetivo de avaliar a percepçäo dos pacientes quanto ao risco de se contrair o vírus da imunodeficiência humana (HIV) durante o atendimento odontológico e suas atitudes em relaçäo a continuar ou näo o seu tratamento caso venham a saber que seu cirurgiäo-dentista (CD) atende pacientes com AIDS ou que seja HIV soropositivo, foram realizadas 518 entrevistas entre militares da Polícia Militar de Minas Gerais e seus dependentes, que haviam terminado tratamento com 233 CD diferentes. Observou-se que a grande maioria dos participantes (88,4 por cento) acredita que o HIV possa ser transmitido durante o tratamento odontológico e que muitos entrevistados näo continuariam o tratamento se seu CD atendesse pacientes com AIDS (42,9 por cento) ou fosse HIV soropositivo (45 por cento)...

Podem os processos de desinfecção e esterilização afetar a integridade de luvas de látex? / Can desinfection and sterilization process affect the integrity of latex gloves?

A utilização de luvas durante as aulas práticas é obrigatória para professores e alunos, nas clínicas da Faculdade de Odontologia da UFMG. Cada professor presta assistência a uma média de cinco alunos por aula e, caso não haja atuação direta no atendimento, ou seja, quando se realiza apenas exame e orientação, recomenda-se que seja feita a lavagem e desinfecção das luvas entre cada chamada dos alunos. Após a aula, as luvas são enviadas para uma central de esterilização, onde são testadas e, caso esteja, íntegras, passam por uma central de desinfecção em água sanitária, são autoclavadas e enviadas às clínicas para serem reutilizadas. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a integridade de 100 luvas após passarem por uma simulação do procedimento recomendado ao professor durente a aula, lavando com detergente e desinfetando com álcool iodado seguido de álcool etílico, por cinco vezes, passando em seguida pelo processo de esterilização. Os resultados mostraram que após cada ciclo de desinfecção e esterilização aumenta o número de luvas impróprias para o uso, chegando a 26,2 por cento após o 5° ciclo. Como os testes foram feitos após a volta das luvas da central de esterilização, quando seriam reutilizadas pelo professor, conclui-se que o processamento pode provocar danos às luvas e que as mesmas podem estar sendo utilizadas pelos professores durante as aulas práticas