ABSTRACT
Avalia a emergência de demandas refiridas à violência por parte das usuárias de uma unidade básica da rede pública, contrastando-se a demanda espontânea com a busca ativa de casos. Realiza um primeiro estudo por técnicas de observação participante, seguida de estudo de prontuário, com 142 mulheres sendo acompanhadas. Num segundo estudo, em uma amostra de 322 usuárias, aplicou-se entrevista. Em atividades grupais foram observados relatos espontâneos e nos prontuários médicos registros de demandas espontâneas; o mesmo não ocorreu em consultas individuais. A entrevista detectou uma prevalência de casos muito maior. A possibilidade de detecção de casos, seu acolhimento e algumas respostas do serviço, requer especificidade de abordagem e cuidados próprios para que a violência contra mulheres possa emergir como parte da demanda usual na saúde