ABSTRACT
No transcorrer dos anos, o Transplante de Medula Óssea (TMO) tornou-se uma modalidade terapêutica utilizada de uma maneira crescente em muitas doenças na idade adulta e na infância. É uma das modalidades terapêuticas mais importantes da Oncologia, pois consegue curar ou prolongar significativamente a sobrevida de um grande número de pacientes. A agressividade do TMO acarreta um estado de comprometimento múltiplo de órgãos e tecidos que inclui profunda depressão imunológica, em decorrência dos efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia, levando a grande predisposição à imobilidade e longos períodos de repouso no leito, gerando a fadiga. O conceito de fadiga e suas causas não estão bem esclarecidos, porém é considerada uma síndrome na qual fatores físicos e psíquicos contribuem para o seu surgimento. É um sintoma prevalecente após o TMO, e é debilitante por comprometer as atividades da vida diária, causando prejuízos na qualidade de vida. Este estudo aborda a fadiga oncológica após o TMO, dando enfoque à utilização da cinesioterapia para a prevenção, controle e tratamento deste sintoma, muito freqüente e severo nestes pacientes, sendo portanto merecedor de atenção fisioterapêutica. Neste trabalho foi realizada a revisão bibliográfica de artigos, livros e trabalhos mono gráficos, que teve como base de dados estudos nacionais e internacionais, com busca em artigos periódicos pela Internet (Medline, Pubmed, Bireme, Scielo) e bibliotecas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), identificando como descritores em ciência da saúde os termos: fatigue, bone marrow transplantation, exercise, no período de 1996 a 2004. Os trabalhos obtidos na literatura revisada, com relação a cinesioterapia em pacientes após o TMO, mostraram a eficácia e a importância da ação fisioterapêutica na fase precoce e tardia do tratamento oncológico, a importância da organização do ciclo atividade física e repouso, enfatizam a aplicação de exercícios ativo-resistidos e a atividade aeróbica