Tratamento da infecçäo do trato urinário pós-prostatectomia com cefotaxima / Treatment of post-prostatectomy urinary tract infection with cefotaxime

Estudou-se a eficácia da cefotaxima em 29 pacientes portadores de infecçäo urinária pós-prostatectomia. Todos os pacientes foram tratados, após a remoçäo da sonda uretral colocada no pós-operatório, com lg de cefotaxima por via intramuscular, a cada 12 horas, durante 7 dias. A eficácia da medicaçäo foi avaliada clínica e bacteriologicamente. Das raças bacterianas isoladas do trato urinário destes pacientes, 96,7% foram sensíveis "in vitro" à cefotaxima. Houve cura clínica em 22 (75,9%) dos casos, sendo que 4 destes pacientes tiveram reinfecçäo no acompanhamento tardio. Houve persistência da infecçäo em 7 (24,1%) pacientes. A tolerância ao produto foi considerada excelente. Comenta-se o habitualmente elevado índice de persistência de infecçäo como, talvez, devido às alteraçöes do trato urinário na fase imediata pós-prostatectomia, dificultando a erradicaçäo do agente infectante. Apesar disso, para a situaçäo clínica tratada, a eficácia de cefotaxima foi considerada muito boa

Peculiaridades da bacteriologia urinária em pacientes com estreitamento inflamatório da uretra submetidos a sucessivas dilataçöes / Peculiarity from urinary bacteriology in patients with urethra inflammatory striation submited to successives dilatations

Foi realizado estudo prospectivo de 40 pacientes do sexo masculino, portadores de estreitamento inflamatório da uretra, procurando-se verificar o bacteriológico da flora infectante do trato urinário face às repetidas manobras de dilataçäo. Além disto, estudou-se a capacidade antibacteriana da urina de estreitados crônicos frente a uma raça de E. coli e outra de Staph. aureus. Após sucessivas sessöes de dilataçäo, a flora infectante se manteve a mesma em 10(25%) casos; em 9(22,5%) casos, houve mudança da flora infectante durante os cateterismos repetidos; em igual número (22,5), uroculturas inicialmente negativas tornou-sea positivas, no decorrer do processo de dilataçäo, e somente em 1 caso a urocultura inicialmente positiva tornou-se negativa, no decorrer da dilataçäo. Vale salientar que 11 (27,5%) tiveram uroculturas sempre negativas, a despeito do estreitamento uretral, particularmente daqueles com uroculturas repetidamente negativas. Em 9 de 15 casos, houve inibiçäo do crescimento de Staph. aureus e em 6 de 15 a E. coli foi inibida, sendo que em 4 casos este poder inibitório se fez para ambas as bactérias. Cumpre destacar que o poder inibitório é filtrável no filtro de Seitz, necessitando maiores investigaçöes