ABSTRACT
ABSTRACT Objective: The aim of this study was to evaluate characteristics of African-Brazilians young adults with excellent dental occlusion, including bimaxillary protrusion; compare them to European-American Caucasian standards, and determine whether there is sexual dimorphism in the display of this phenotype. Methods: Lateral cephalometric radiographs were obtained from 43 African-Brazilians within military personnel (28 males and 15 females, average age 22.4 ± 3.4 years) with normal occlusion, selected from a group of 394 volunteers. Thirty-one angular and linear measurements were evaluated. Student's t-test for independent samples was used to compare results with those established by European-American standards, previously described in the literature. Results: Considering the dentoalveolar pattern, seven angular and six linear measurements showed statistically significant differences (p< 0.001) when compared to Caucasian cephalometric standards. African-Brazilians' subjects showed lower cranial base angle (SNAr = 119.87 ± 5.66º) and anterior cranial base length (SN-distance = 68.63 ± 4.50 mm) (p< 0.001). The maxilla (SNA = 88.51 ± 3.23º) and the mandible (SNB = 85.06 ± 3.24º) were protruded in relation to the SN line (p< 0.001). Sexual dimorphism was significant for L1.NB (degrees) (p< 0.01), and interincisal angle (U1.L1) (p< 0.05). Conclusion: African-Brazilian young adults presented differences regarding dental and craniofacial characteristics, when compared to European-American norms. It can be stated that Caucasian cephalometric norms should not be applied to African-Brazilian faces.
RESUMO Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar características de jovens adultos afro-brasileiros com oclusão excelente, incluindo protrusão bimaxilar, e compará-los com os padrões caucasianos europeu-americanos, para determinar se há dimorfismo sexual na exibição desse fenótipo. Métodos: Radiografias cefalométricas laterais foram obtidas de 43 afro-brasileiros militares (28 homens e 15 mulheres, idade média de 22,4 ± 3,4 anos) com oclusão normal, selecionados de um grupo de 394 voluntários. Foram avaliadas 31 medidas angulares e lineares. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar os resultados com os estabelecidos pelos padrões caucasianos europeu-americanos, descrito previamente na literatura. Resultados: Considerando o padrão dentoalveolar, sete medidas angulares e seis lineares apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p< 0,001) quando comparadas aos padrões cefalométricos caucasianos. Sujeitos afro-brasileiros apresentaram menor ângulo da base do crânio (SNAr = 119,87 ± 5,66º) e comprimento da base craniana anterior (distância SN = 68,63 ± 4,50 mm) (p< 0,001). A maxila (SNA = 88,51 ± 3,23º) e a mandíbula (SNB = 85,06 ± 3,24º) estavam protruídas em relação à linha SN (p< 0,001). O dimorfismo de sexo foi significativo para L1.NB (graus) (p< 0,01) e ângulo interincisal (U1.L1) (p< 0,05). Conclusão: Jovens adultos afro-brasileiros apresentaram diferenças em relação às características dentárias e craniofaciais, quando comparados às normas europeias-americanas. Pode-se afirmar que as normas cefalométricas caucasianas não devem ser aplicadas às faces de indivíduos afro-brasileiros.