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Rev. mal-estar subj ; 8(1)mar. 2008.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-491437

ABSTRACT

Este artigo tem como objetivo discutir sobre vulnerabilidade social a partir de uma experiência junto aos usuários do Programa Hospital-Dia. Esse programa, proposto pelo Sistema Único de Saúde, é uma das estratégias para um outro agenciamento social da loucura, distinto do modelo da cultura manicomial com práticas em saúde que podem levar à condição de exclusão e de estigma social. Este estudo foi se estruturando a partir de uma atividade semanal de grupo desenvolvida no Hospital-Dia de um hospital geral público no Estado do Rio Grande do Sul, na qual foram realizadas observações participantes. O grupo constituiu-se em um espaço de fala em que os usuários conversavam sobre as práticas cotidianas, compartilhando diferentes modos de pensar e sentir sobre a experiência do sofrimento psíquico. Visando a debater como é produzida a condição de vulnerabilidade social em usuários portadores de sofrimento psíquico, nos fundamentamos nas práticas discursivas de políticas públicas em saúde mental, a partir da Reforma Psiquiátrica, e na noção de performatividade na produção da doença/saúde mental. Visibilizam-se, com isso, as formas de estes sujeitos pensarem e se reconhecerem a si mesmos e ao mundo por meio de determinadas marcas identitárias que os constituem como doentes mentais. Mesmo se tratando de um programa situado no campo da Reforma Psiquiátrica, o Hospital-Dia ainda é atravessado por sentidos do discurso da psiquiatria hospitalocêntrica sobre loucura e da prática terapêutica medicamentosa, que inscrevem modos de os sujeitos viverem a saúde/doença mental, com possibilidades restritas de se subjetivarem fora dessa lógica.


This article aims at discussing social vulnerability from an experiment carried out with users of the Day-Hospital Program. This program, proposed by Sistema Único de Saúde, is a strategy directed towards another social agency of madness, distinct from the model of the hospice culture, with health practices that may lead to social exclusion and stigma. This study has been structured from a weekly activity developed in a Day-Hospital of a public general hospital in Rio Grande do Sul, through participative observations?. The group was constituted as a speech space in which users could talk about daily practices, sharing different ways of thinking and feeling the experience of psychic distress. Aiming at debating upon how the condition of social vulnerability has been produced in carriers of psychic distress, we have considered discursive practices of mental health public policies, from the Psychiatric Reform, as well as the notion of performativity in the production of mental health/disease. The forms these subjects think of and recognize both themselves and the world become visible through certain identity marks that constitute them as mentally ill. Even being a program situated in the of the Psychiatric Reform, the Day-Hospital is still crossed by meanings from both the hospital-centered psychiatric discourse about madness and the medicamentous therapeutic practice, which have inscribed ways of subjects living mental health/disease with strict possibilities of subjectifying themselves out of this logic.


Subject(s)
Humans , Stress, Psychological/psychology , Unified Health System
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