ABSTRACT
Säo analisados os diversos aspectos da fisiopatologia das metástases hepáticas. Os conceitos atuais da implantaçäo de células neoplásicas no fígado säo hoje totalmente diferentes dos de alguns anos atrás. O paciente deve ser considerado como um doente cuja metástase é o resultado de desequilíbrio do indivíduo entre os fatores defensivos e os agressivos, conseqüentes ao desenvolvimento tumoral. As metástases hepáticas representam, quando demonstradas clinicamente, o resultado desse desequilíbrio. Os autores apresentam uma avaliaçäo das condiçöes diagnósticas e de tratamento das metástases hepáticas. Säo analisados métodos cirúrgicos, seja de cirurgias mais extensas, seja de menos extensas, como as metastectomias, passando por processos de quimioterapia regional ou por via sistêmica, a processos de embolizaçäo ou associaçäo desses diversos métodos de tratamento. Vários trabalhos foram publicados a esse respeito; entretanto, quase na sua totalidade, näo säo avaliados os diversos fatores que podem influenciar no prognóstico de uma metástase hepática. Sabe-se hoje que a presença de mais de uma metástase hepática, a recidiva local do tumor ou a associaçäo com metástases extra-hepaticas empobrecem o prognóstico e pacientes colocados nesse grupo näo podem ser avaliados em comparaçäo com aqueles com apenas uma metástase hepática, sem, recidiva de tumor e sem metástases extra-hepáticas, que, naturalmente, apresentam melhor prognóstico. A avaliaçäo de trabalhos da literatura demonstram que o número de pacinentes que podem alcançar sobrevida em três, cinco e dez ou mais anos é apreciável, o que justifica o esforço no sentido de realizar e de aprimorar a teraspêutica...