ABSTRACT
Introdução: Os acidentes por animais têm grande importância médica no país, principalmente pelo grande número de pessoas vitimadas e pela sua gravidade. Objetivo: O estudo visa mostrar os aspectos clínicos dos acidentes, por animais, atendidos pelo Centro de Informações Toxicológicas de Belém. Métodos: Coletados os dados dos acidentes por animais, encontrados nas fichas do referido Centro, no período de 2000 a 2001. Utilizou-se o programa Epi Info 6.04b como banco de dados e instrumento de apuração. Resultados: Registrados 2.360 casos de vítimas humanas de intoxicação, destas 877 (37,16 por cento) corresponderam aos acidentes por animais, sendo 65,2 por cento peçonhentos e 29,9 por cento não peçonhentos. Os animais que mais provocaram dor local foram as centopéias (90,9 por cento) e as serpentes peçonhentas (87,6 por cento); edema local: serpente peçonhenta (82,4 por cento); vômitos: escorpião (11,4 por cento) e serpente peçonhenta (8,3 por cento); febre: arraia (9,0 por cento). Classificaram-se como acidentes leves, 100 por cento quando por serpentes não peçonhentas e, como graves, 100 por cento dos produzidos por morcegos. O animal que mais provocou óbito (raiva humana) foi o cão (2,0 por cento). Considerações Finais: Os acidentes por animais na região Amazônica têm alta incidência e podem provocar acidentes leves, moderados e graves. É importante que se conheça os aspectos clínicos destes acidentes para facilitar o manejo diagnóstico e terapêutico