ABSTRACT
O trabalho objetivou avaliar a correlação da circunferência do pescoço com resistência insulínica e com componentes da síndrome metabólica em adolescentes púberes. Realizou-se um estudo transversal no qual se avaliaram 36 adolescentes púberes, de 10 a 19 anos que acompanham regularmente em ambulatório de Saúde na Adolescência, portadores da síndrome em questão. Os adolescentes foram submetidos à avalição antropométrica, incluindo circunferência do pescoço, da cintura e razão cintura/estatura, e avaliação de bioquímica do prontuário. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local sendo assinado o termo de consentimento livre pelo responsável e assentido pelo adolescente. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS sendo adotado nível de significância de 5%. Do total dos adolescentes 19 eram do sexo feminino e 17 do sexo masculino. A circunferência do pescoço média do sexo masculino foi de 37,09 ±1,25 e do sexo feminino foi de 35,68 ±0,69, sem diferença entre os sexos (p=0,35). A razão cintura/estatura média do sexo masculino foi de 0,61 ±0,14 e do sexo feminino foi de 0,59 ±0,01, sem diferença entre os sexos (p=0,75). Houve correlação positiva entre a circunferência do pescoço com as seguintes variáveis: índice de massa corpórea (p=0,000), circunferência abdominal (p=0,000), razão cintura/estatura (p=0,01) e HOMA-IR (p=0,02). A circunferência do pescoço correlacionou-se com parâmetros importantes de avalição da síndrome metabólica sendo um instrumento útil para triagem de adolescentes com este quadro.
The objective of this study was to evaluate the correlation of neck circumference with insulin resistance and components of the metabolic syndrome in pubertal adolescents. A cross-sectional study was carried out in which 36 pubescent adolescents, aged 10 to 19 years, were evaluated and followed regularly in a health clinic for adolescents with the syndrome in discussion. The adolescents were submitted to anthropometric evaluation, including neck circumference, waist and waist / height ratio, and biochemical evaluation of the medical record. The study was approved by the local ethics committee and the consent form was signed by the person responsible and the adolescent. The data were analyzed by the SPSS statistical program and a significance level of 5% was adopted. Of the total number of adolescents, 19 were female and 17 were male. The mean male neck circumference was 37.09 ± 1.25 and the female sex was 35.68 ± 0.69, with no difference between the sexes (p = 0.35). The mean waist / height ratio of males was 0.61 ± 0.14 and female was 0.59 ± 0.01, with no difference between the sexes (p = 0.75). There was a positive correlation between neck circumference with the following variables: body mass index (p = 0.000), waist circumference (p = 0.000), waist / height ratio (p = 0.01) and HOMA-IR (p=0,02). The circumference of the neck correlated with important parameters of metabolic syndrome evaluation, being a useful tool for screening adolescents with this condition.
ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi avaliar a freqüência de sobrepeso em estudantes adolescentes e correlacionar Índice de Massa Corpórea (IMC) com hábitos sedentários. A amostra compreendeu 131 estudantes (62 meninas e 69 meninos), com idade entre 11 e 16 anos. O instrumento da pesquisa foi um questionário padronizado e anônimo para investigar os hábitos sedentários. Os adolescentes foram pesados e medidos para o cálculo do IMC. O diagnóstico de sobrepeso foi feito utilizando gráficos de índice de massa corpórea, segundo idade e sexo (OMS, 1995). Aproximadamente, um quarto dos adolescentes apresentou sobrepeso. Hábitos sedentários foram encontrados na população adolescente de um modo geral, independentemente do IMC. A prática adequada de atividade física foi relatada por 57 por cento dos adolescentes, não havendo associação com o IMC. O hábito de comer enquanto assiste à televisão foi estatisticamente maior em adolescentes com IMC normal. Observou-se que 80,8 por cento dos estudantes com IMC normal relataram que comem assistindo à televisão, enquanto somente 50 por cento dos estudantes obesos referiram possuir este hábito. A referência sobre ingestão alimentar pelos indivíduos com sobrepeso poderia estar subestimada, pois o modelo empregado de inquérito alimentar poderia levá-los a ocultar o real hábito alimentar.