ABSTRACT
Foram avaliadas retrospectivamente 46 pacientes portadoras de síndrome HELLP, atendidas no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto da Universidade de Sao Paulo, entre 1985-1991. Verificou-se que em 63 por cento dos casos, o processo hipertensivo de base foi a Doença Hipertensiva Específica da Gestaçao (DHEG) e em 24 por cento foi DHEG associada à Hipertensao Arterial Crônica. Nos casos restantes nao foi possível caracterizar o processo de base. A hipertensao arterial severa foi a manifestaçao clínica mais freqüente no início do quadro clínico (78,3 por cento). Entre os exames complementares avaliados notou-se que as dosagens séricas de transaminase glutâmica oxaloacética, desidrogenase láctica e fosfatase alcalina foram exames de elevada especificidade, enquanto as dosagens séricas de bilirrubina indireta e contagem de plaquetas apresentaram especificidade inferior. As drogas anti-hipertensivas mais utilizadas foram a alfametildopa e a nifedipina. Os mais importantes marcadores de morbimortalidade foram a insuficiência renal aguda (39,1 por cento), eclâmpsia (32,6 por cento), coagulaçao intravascular disseminada (19,5 por cento) e hematomas (17,4 por cento). Notou-se que as complicaçoes mais graves estiveram diretamente ligadas ao obituário materno representando 17,4 por cento do total de mulheres aqui avaliadas.