ABSTRACT
O artigo focaliza, desde uma leitura psicanalítica, a constituição do fenômeno da adolescência na modernidade e discute a função do adulto, dos pares e da educação na ressignificação das identificações, dos ideais, das perdas e do lugar do adolescente na família e na sociedade. O texto chama a atenção para a importância dos dispositivos simbólicos, operados pelo outro semelhante e pelo outro, na passagem adolescente, tendo a educação, inclusive a educação escolar, a função primordial de sustentar e transmitir ao adolescente a tradição simbólica que funda o sujeito (divido) e a cultura. A adolescência, enquanto operação psíquica ou mesmo momento lógico na construção do sinthoma, demanda, de modo irrefutável, que o outro reconheça a verdade da castração, da falta-a-ser, e sustente a eficácia do nome-do-Pai, abrindo, assim, para o sujeito adolescente, saídas simbólicas para o seu encontro traumático com o real