Alcoolização septal transluminal percutânea no tratamento da cardiomiopatia hipertrofica obstrutiva refratária. Experiência inicial no Distritio Federal / Percutaneous transluminal septal alcoholization for the treatment of refractory hypertrophic obstructive cardiomyopathy. Initial experience in the Federal District

OBJECTIVE: To analyze the efficacy of percutaneous transluminal septal alcoholization in the treatment of refractory obstructive hypertrophic cardiomyopathy (HOC). METHODS: The patients were referred for alcoholization after Doppler echocardiography. Before and after alcoholization, the intraventricular pressure gradient was recorded. Alcoholization was performed with a 3mL injection of absolute alcohol through a coronary angioplasty balloon catheter. The procedure was concluded after a significant reduction or abolition of the pressure gradient. RESULTS: Of 22 patients, 18 (81.8 percent) successfully concluded the procedure with a reduction in intraventricular pressure gradient at baseline (from 67.6±24.2 mmHg to 3.8± 1.9 mmHg, p<0.005) and after extrasystole (from 110.4± 24.2 mmHg to 9.6±2.6 mm Hg, p<0.005). A significant reduction in mean interventricular septal thickness (from 2± 0.3 mm to 1.7±0.2 mm, p<0.005) and in peak pressure gradient (from 90.7±23.5 mmHg to 6.1±1.4 mmHg, p<0.005) was observed on Doppler echocardiography after 6 months, when all patients were in functional class I. The most frequent acute complication, present in 11 percent of the patients, was the need for definitive pacing implantation. Relapse of the symptoms and reappearance of the pressure gradient occurred in 16.6 percent of the patients. One patient (5.5 percent) died probably due to a diffuse coronary spasm prior to the procedure, and another died suddenly on late follow-up. CONCLUSION: Percutaneous transluminal septal alcoholization is effective and safe in the treatment of HOC

Estudo pré-clínico e clínico das açöes antiinflamatória e analgésica do eupatorium laevigatum, em abordagem fitoterápica, no tratamento da estomatite ulcerada simples, a partir da medicina tradicional do cerrado brasileiro

O E. laevigatum é uma planta silvestre muito comum no Cerrado brasileiro, amplamente utilizada pela medicina popular no tratamento das lesões ulcerativas caracterizadas por inflamação e dor, como das aftas bucais, doença que chega a afetar 50 por cento da população em geral. Seus mecanismos etiopatogênicos não se encontram completamente esclarecidos e os tratamentos atuais são relativamente mal sucedidos. Esta pesquisa pretendeu avaliar o tratamento da estomatite ulcerada simples, o tipo mais comum das aftas, mediante a utilização da planta medicinal E. laevigatum, desenvolvendo ensaios toxicológicos e farmacológicos, de natureza pré-clínica e clínica, a partir de um estudo etnofarmacobotânico, onde foram analisados o bioma Cerrado e a medicina tradicional existente em algumas comunidades históricas da região Centro Oeste. Considerando os resultados farmaco-toxicológicos pré-clínicos, verificou-se que os extratos do vegetal são pouco tóxicos a atóxicos. Adicionalmente, os extratos demonstraram ter ações antiinflamatória e analgésica significativas em roedores, reunindo dados que justificaram a realização de ensaios clínicos em seres humanos para a verificação das ações terapêuticas deste vegetal. Para a fase clínica do estudo, manipulou-se uma pasta fitoterápica contendo extrato alcoolico do vegetal. O estudo em seres humanos sadios confirmou a baixa toxicidade verificada nos ensaios pré-clínicos, estabelecendo maior segurança para uso em humanos a curto prazo, e demonstrou as ações antiinflamatória e analgésica da pasta fitoterápica em pacientes afetados por estomatite ulcerada simples. No ensaio clínico randomizado e duplo-cego, o fitoterápico apresentou completa resolução da úlcera em 40 por cento dos paciente e alívio da dor em 70 por cento deles, contra apenas 26,7 por cento e 33,3 por cento, respectivamente, dos pacientes tratados com triancinolona. Face aos resultados favoráveis deste estudo, recomenda-se que outras avaliações sejam feitas com o E. laevigatum, em estudos farmacológicos multicêntricos