ABSTRACT
A "consciência" terapêutica do corpo exige um saber da mente. a) A interpretaçao, por acertada que seja, se posterior ao processo orgâ nico-genético instalado, tem dificuldade em evitar ou produzir a regressao de lesoes já desenvolvidas, onde o patrimônio genético está lesado. b) Penso que as relaçoes objetais ainda sao, no momento, válidas na explicaçao de fenômenos poderosos que acontecem no suceder da Unidade sem Igualdade. Porém, cada vez mais o correm fenômenos que se mostram independentes de objetos, e mais ligados ao que apregoam as teoria instintivas(pulsionais). c) O desafio se prende a uma área que a interpretaçao nao atinge e onde o biológico nao se defende. Há o espaço vago. d) A doença genética, a determinada altura, se torna autóctone em relaçao à mente: uma tirana a impor defesas específicas. O gen atinge o comando e se "des liga" do mental. e) A doença e as condiçoes mentais que o propiciaram ou eram dominantes por ocasiao do início da doença, nao sao as mesmas de quando do surgi mento dos sintomas clinicamente observáveis. Isto constitue importante diferen ciaçao numa avaliaçao clínica. f) O estado mental existente quando a doença é clinicamente detectada talvez nao guarde qualquer relaçao com estado mental existente por ocasiao do início da doença. Cabe ao psicanalista-clínico descobrir tal "permissao", uma vez que o que importa é o estado mental e somático à época do início da doença. Pior que o câncer é disposiçao biológica para tal. Pouco a dianta se extirpar o tumor se tal disposiçao permanecer. Enfatizando: Há um espaço "va go" entre o psíquico e o biológico, inatingível, e que fica evidenciado no câncer, na AIDS e em qualquer doença de fundo genético