ABSTRACT
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos de risco com infecção congênita atendidos naUnidade de Referência Materno Infantil e Adolescente/URE-MIA, em Belém/PA. Método: estudo retrospectivo noqual foram analisados os prontuários de todos os pacientes matriculados no Programa de RN de Risco da URE-MIAcom diagnóstico de infecção congênita, entre 2008 e 2013, a partir de protocolo elaborado pelos pesquisadores,totalizando casuística de 186 (cento e oitenta e seis) indivíduos. Resultados: Observou-se a sífilis congênita comoinfecção mais frequente, totalizando 147 casos, dentre os 186 pacientes; seguida por toxoplasmose e citomegalovirose,respectivamente. A maioria (66,6%) das mães realizou pré-natal completo, sugerindo baixa qualidade do serviçoofertado às gestantes, principalmente no que diz respeito à triagem das infecções congênitas. Conclusão: Constatouseque o alarmante recrudescimento da sífilis congênita na população estudada, bem como as demais infecções quefiguraram nesta pesquisa, podem ser relacionadas a um pré-natal ineficiente, suscitando, portanto, maior investimentoe olhar crítico dos agentes de saúde para a necessidade de um sistema pré-natal efetivo na prevenção de doençaspassíveis de tratamento, durante a gestação.
Objective: characterize the epidemiological profile of newborns with congenital infection risk treated at the MaternalChild and Adolescent Reference / URE-MIA in Belém / PA. Method: retrospective and cross-sectional study inwhich the medical records of all patients enrolled in the URE-MIA Program NB Risk with congenital infectionbetween 2008 and 2013, from protocol developed by the researchers analyzed a total sample of 186 (one hundredand eighty-six) individuals. Results: Syphilis was observed as the most frequent congenital infection, totalizing 147cases among 186 patients; followed by congenital toxoplasmosis and cytomegalovirus, respectively. The majority of(66.6%) mothers held complete prenatal, suggesting poor quality of the service offered to pregnant women, especiallywith regard to the screening of congenital infections. Conclusion: This study concludes that alarming resurgenceof congenital syphilis in this population, as well as other infections that figured in this research, may be related toan inefficient prenatal, thus posing greater investment and critical eye from health workers to the necessity of aneffective system in prenatal prevention of diseases susceptible to treatment during pregnancy.