ABSTRACT
OBJETIVO: Demonstrar o uso da cirurgia minimamente invasiva para tratamento da valva aórtica e comparar seus resultados com o método tradicional. MÉTODOS: Entre 2006 e 2011, 60 pacientes foram submetidos à cirurgia na valva aórtica, após consentimento escrito, destes 40 pela técnica minimamente invasiva com acesso por minitoracotomia ântero-lateral direita (Grupo 1/G1)e 20 por esternotomia mediana (Grupo 2/G2). Comparamos os tempos operatórios e a evolução pós-operatória intra-hospitalar. RESULTADOS: Os tempos médios de circulação extracorpórea (CEC) e pinçamento aórtico no G1 foram, respectivamente, 142,7 ± 59,5 min e 88,6 ± 31,5 min e, no G2, 98,1 ± 39,1 min e 67,7 ± 26,2 min (P<0,05), uma diferença nas medianas de 39 minutos no tempo de CEC e 23 minutos no pinçamento aórtico foram observados a favor da técnica convencional. A perda sanguínea pelos drenos torácicos foi significativamente menor no grupo minimamente invasivo: 605,1 ± 679,5 ml (G1) versus 1617 ± 1390 ml (G2) (P<0,05). Os tempos médios de internamento em UTI e hospitalar foram menores em G1: 2,3 ± 1,8 dias e 5,5 ± 5,4 dias versus 5,1 ± 3,6 dias e 10 ± 5,1 dias em G2 (P<0,05), respectivamente. O uso de drogas vasoativas no pós-operatório também foi menor no grupo minimamente invasivo 12,8% em G1 versus 45% em G2. CONCLUSÃO: Troca valvar aórtica com o uso de técnicas minimamente invasivas, apesar de demonstrar maiores tempos intraoperatórios, não afeta os resultados pósoperatórios, que nesta casuística mostraram-se melhores quando comparado ao método tradicional.
OBJECTIVES: To demonstrate the use of minimally invasive surgery for aortic valve replacement and compare your results with the traditional method. METHODS: Between 2006 and 2011 sixty patients underwent surgery on aortic valve, after written consent, these 40 by minimally invasive technique with right anterior minithoracotomy access (Group 1/G1) and 20 by median sternotomy (Group 2/G2). Compare the operating times and postoperative evolution intra-hospital. RESULTS: The average times of bypass and aortic crossclamp in G1 were, respectively, 142.7 ± 59.5 min and 88.6 ± 31.5 min and, in G2, 98.1 ± 39.1 min and 67.7 ± 26.2 min (P < 0.05), a difference in medians of 39 minutes in bypass time and 23 minutes in aortic cross-clamp were observed in favour of conventional technique. The blood loss by the thoracic drains was significantly lower in the Group: minimally invasive 605.1 ± 679.5 ml (G1) versus 1617 ± 1390 ml (G2) (P < 0.05).The average time of ICU and hospital stay were shorter in G1: 2.3 ± 1.8 and 5.5 ± 5.4 days versus 5.1 ± 3.6 and 10 ± 5.1 in G2 (P < 0.05), respectively. Vasoactive drug use was also less post-operative at 12.8% in minimally invasive group G1 versus 45% in G2. CONCLUSION: Aortic valve replacement through minimally invasive techniques, although intraoperative times larger, not demonstrate affect postoperative results that this case proved best when compared to the traditional approach.
Subject(s)
Female , Humans , Male , Middle Aged , Aortic Valve Stenosis/surgery , Heart Valve Prosthesis Implantation/methods , Sternotomy/methods , Thoracotomy/methods , Blood Volume , Blood Loss, Surgical/statistics & numerical data , Length of Stay/statistics & numerical data , Postoperative Period , Minimally Invasive Surgical Procedures/methods , Time Factors , Treatment OutcomeABSTRACT
INTRODUÇÃO: A cirurgia cardíaca minimamente invasiva e videoassistida (CCVA) tem aumentado em popularidade nos últimos 15 anos. As pequenas incisões têm sido associadas a um bom efeito estético e menor trauma cirúrgico, consequentemente, menor dor e rápida recuperação pós-operatória. OBJETIVOS: Apresentar nossa casuística com CCVA, após 6 anos de uso do método. MÉTODOS: Cento e trinta e seis pacientes foram submetidos à CCVA, após consentimento escrito, entre setembro de 2005 e outubro de 2011, sendo 50% do sexo masculino, com idade de 47,8 ± 15,4 anos, divididos em dois grupos: com circulação extracorpórea (CEC) (GcCEC=105 pacientes): valvopatia mitral (47/105), valvopatia aórtica (39/105) e cardiopatia congênita (19/105) e sem CEC (GsCEC=31 pacientes): ressincronização cardíaca (18/31), tumor cardíaco (4/31) e revascularização miocárdica minimamente invasiva (6/31). No GcCEC, foi realizada minitoracotomia direita (3 a 5 cm) e acesso femoral para canulação periférica. RESULTADOS: No GcCEC, a média de dias em UTI (DUTI) e de internação hospitalar (DH) foi, respectivamente, 2,4 ± 4,5 dias e 5,0 ± 6,8 dias. Doze pacientes apresentaram complicações no pós-operatório e cinco (4,8%) foram a óbito. Noventa e três (88,6%) pacientes evoluíram sem intercorrências, foram extubados no centro cirúrgico, permanecendo 1,8 ± 0,9 DUTI e 3,6 ± 1,3 DH. No GsCEC, foram 1,3 ± 0,7 DUTI e 2,9 ± 1,4 DH, sem intercorrências ou óbitos. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados nesta casuística são comparáveis aos da literatura mundial e confirmam o método como opção à técnica convencional.
INTRODUCTION: Minimally invasive and video-assisted cardiac surgery (VACS) has increased in popularity over the past 15 years. The small incisions have been associated with a good aesthetic effect and less surgical trauma, therefore less postoperative pain and rapid recovery. OBJECTIVES: To present our series with VACS, after 6 years of use of the method. METHODS: 136 patients underwent VACS, after written consent, between September 2005 and October 2011, 50% for men and age of 47.8 ± 15, 4anos, divided into two groups: with cardiopulmonary (CEC) (GcCEC=105 patients): mitral valve disease (47/105), aortic disease (39/105), congenital heart disease (19/105) and without extracorporeal circulation (CEC) (GsCEC=31 patients): cardiac resynchronization (18/ 31), cardiac tumor (4/31) and minimally invasive coronary artery bypass grafting (6/31). GcCEC was held in right minithoracotomy (3 to 5 cm) and femoral access to perform cannulation. RESULTS: In GcCEC, mean length of ICU stay and hospital stay were respectively 2.4 ± 4.5 days and 5.0 ± 6.8 days. Twelve patients presented complications in post-operative and five (4.8%) death. Ninety-three (88.6%) patients evolved uneventful, were extubated in operating room, and remained a mean of 1.8 ± 0.9 days in ICU and 3.6±1.3 days in the hospital. In GsCEC, were mean 1.3 ± 0.7 days in ICU and 2.9 ± 1.4 days in hospital and without complications or deaths. CONCLUSION: The results found in this series are comparable to those of world literature and confirm the method as an option the conventional technique.
Subject(s)
Female , Humans , Male , Middle Aged , Cardiac Surgical Procedures/methods , Heart Diseases/surgery , Length of Stay/statistics & numerical data , Video-Assisted Surgery/methods , Cardiac Surgical Procedures/mortality , Heart Diseases/classification , Postoperative Complications/mortality , Postoperative Complications/prevention & control , Treatment OutcomeABSTRACT
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O isoflurano é considerado um anestésico inalatório seguro. Apresenta reduzido grau de biotransformação, baixa toxicidade hepática e renal. Em concentrações clínicas apresenta efeito inotrópico negativo mínimo, diminuição da resistência vascular sistêmica e, raramente, pode provocar disritmias cardíacas. O objetivo deste relato foi apresentar um caso de instabilidade hemodinâmica grave em paciente portador de escoliose idiopática. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 13 anos, estado físico ASA I, sem antecedente de alergia a medicamentos, agendado para correção cirúrgica de escoliose idiopática. Após indução da anestesia com fentanil, midazolam, propofol e atracúrio, isoflurano a 1 por cento, em 100 por cento de oxigênio foi então iniciado para manutenção. Cinco minutos depois, o paciente apresentou hipotensão arterial grave (PAM = 26 mmHg) associada à taquicardia sinusal (FC = 166 bpm) que não respondeu ao uso de vasopressores e infusão de volume. A ausculta pulmonar e precordial, oximetria, capnografia, temperatura nasofaríngea e gasometria arterial revelaram-se sem alterações. O paciente recebeu tratamento para anafilaxia e a intervenção cirúrgica foi interrompida. A clara relação temporal entre a administração de isoflurano e a ocorrência dos sintomas sugeriu um diagnóstico de intolerância cardiovascular à administração inalatória de isoflurano. Duas semanas depois a anestesia venosa total foi administrada sem intercorrências. CONCLUSÕES: Não há relatos de instabilidade hemodinâmica grave causada por isoflurano em pacientes previamente sadios. Anafilaxia, taquicardia supraventricular com repercussão hemodinâmica e sensibilidade cardíaca aumentada ao isoflurano são discutidas como possíveis causas da instabilidade hemodinâmica. Atualmente, há evidências que o isoflurano pode interferir no sistema de acoplamento-desacoplamento da contratilidade miocárdica por meio da redução do Ca2+ citosólico e/ou...
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Isoflurane is considered a safe inhalational anesthetic. It has a low level of biotransformation, and low hepatic and renal toxicity. In clinical concentrations, it has minimal negative inotropic effect, causes a small reduction in systemic vascular resistance, and, rarely, can cause cardiac arrhythmias. The objective of this report was to present a case of severe hemodynamic instability in a patient with idiopathic scoliosis. CASE REPORT: Male patient, 13 years old, ASA physical status I, with no prior history of allergy to medications, scheduled for surgical repair of idiopathic scoliosis. After anesthetic induction with fentanyl, midazolam, propofol, and atracurium, 1 percent isoflurane with 100 percent oxygen was initiated for anesthesia maintenance. After five minutes, the patient presented severe hypotension (MAP = 26 mmHg) associated with sinus tachycardia (HR = 166 bpm) that did not respond to the administration of vasopressors and fluids. Lung and heart auscultation, pulse oxymetry, capnography, nasopharyngeal temperature, and arterial blood gases did not change. The patient was treated for anaphylaxis and the surgery was cancelled. The clear temporal relationship between the administration of isoflurane and the symptoms suggested the diagnosis of cardiovascular intolerance to inhalational isoflurane. Two weeks later, total intravenous anesthesia was administered without complications. CONCLUSIONS: There are no reports of severe hemodynamic instability caused by isoflurane in previously healthy individuals. Anaphylaxis, supraventricular tachycardia with hemodynamic consequences, and increased cardiac sensitivity to isoflurane are discussed as possible causes of the hemodynamic instability. Currently, there is evidence that isoflurane can interfere in the coupling-uncoupling system of myocardial contractility by reducing cytosolic Ca2+ and/or depressing the function of contractile proteins. The fundamental...
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El isoflurano se considera un anestésico de inhalación seguro. Presenta un reducido grado de biotransformación, baja toxicidad hepática y renal. En concentraciones clínicas presenta efecto inotrópico negativo mínimo, disminución de la resistencia vascular sistémica y raramente puede provocar arritmias cardíacas. El objetivo de este relato fue presentar un caso de inestabilidad hemodinámica grave en paciente portador de escoliosis idiopática. RELATO DE CASO: Paciente del sexo masculino, 13 años, estado físico ASA I, sin antecedente de alergia a medicamentos, con consulta marcada para corrección quirúrgica de escoliosis idiopática. Después de la inducción de la anestesia con fentanil, midazolam, propofol y atracurio, isoflurano a 1 por ciento, en 100 por ciento de oxígeno se inició el mantenimiento. Cinco minutos después el paciente presentó hipotensión arterial grave (PAM = 26 mmHg) asociada a la taquicardia sinusal (FC = 166 bpm) que no respondió al uso de vasopresores e infusión de volumen. La ausculta pulmonar y precordial, oximetría, capnografía, temperatura nasofaríngea y gasometría arterial no tuvieron alteraciones. El paciente recibió tratamiento para anafilaxia y la intervención quirúrgica fue interrumpida. La clara relación temporal entre la administración de isoflurano y la incidencia de los síntomas sugirió un diagnóstico de intolerancia cardiovascular a la administración de inhalación de isoflurano. Dos semanas después, la anestesia venosa total se administró sin problemas. CONCLUSIONES: No existen relatos de inestabilidad hemodinámica grave causada por isoflurano en pacientes previamente saludables. Anafilaxia, taquicardia supraventricular con repercusión hemodinámica y sensibilidad cardiaca aumentada al isoflurano son discutidas como posibles causas de la inestabilidad hemodinámica. Actualmente, existen evidencias de que el isoflurano pude interferir en el sistema de acoplamiento y desacoplamiento...
Subject(s)
Humans , Male , Adolescent , Scoliosis/surgery , Heart Rate/drug effects , Hypotension/etiology , Isoflurane/adverse effectsABSTRACT
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ventrículo único é anormalidade rara encontrada em cerca de 1 por cento dos pacientes com cardiopatia congênita. Somente 11 casos de pacientes com ventrículo único não-operado e idade acima de 50 anos foram relatados na literatura. Este trabalho teve como objetivo descrever a conduta anestésica em paciente com ventrículo único para implante de marca-passo. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 47 anos, com presença de dupla via de entrada do ventrículo esquerdo, L-transposição de grandes artérias e estenose subpulmonar, sem correção cirúrgica prévia, foi agendada para implante de marca-passo cardíaco definitivo seqüencial de duas câmaras. Ao MAPA apresentava bloqueio atrioventricular de segundo grau e uma freqüência cardíaca média de 45 bpm. Os exames pré-operatórios mostravam hematócrito de 57 por cento, coagulograma normal, função ventricular preservada. A monitorização constou de oxímetro de pulso, ECG nas derivações D II e V5, PIA, capnógrafo e analisador de gases. Um marca-passo temporário transcutâneo foi disponibilizado no caso de bradicardia intensa. A anestesia foi induzida com fentanil (0,25 mg), etomidato (20 mg) e atracúrio (35 mg). Quatro minutos após a indução, a freqüência cardíaca diminuiu para 30 bpm, sendo administrado 1 mg de atropina, com reversão da bradicardia. A anestesia foi mantida com sevoflurano a 2,5 por cento, ar 60 por cento e oxigênio 40 por cento. O estado hemodinâmico e a saturação de oxigênio permaneceram estáveis. A paciente foi encaminhada à unidade de terapia intensiva estável e extubada ao final do procedimento. CONCLUSÕES: A conduta anestésica para implante de marca-passo em paciente de 47 anos com dupla via de entrada do ventrículo esquerdo e estenose subpulmonar não-operada foi adequada, haja vista que permitiu a realização do procedimento indicado.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Single ventricle is a rare abnormality, affecting 1 percent of the patients with congenital cardiopathy. Only 11 cases of patients with unoperated univentricular heart older than 50 years were reported in the literature. The aim of this report was to describe the anesthetic conduct in a patient with univentricular heart undergoing pacemaker implant. CASE REPORT: A female patient, 47 years old, with double outlet left ventricle, L-transposition of the great vessels, and pulmonary stenosis, without prior surgical correction, was scheduled for definitive implant of a sequential dual-chamber pacemaker. The ABPM demonstrated second degree atrioventricular block and a mean heart rate of 45 bpm. Preoperative exams showed a hematocrit of 57 percent, normal coagulation studies, and preserved ventricular function. Monitoring consisted of pulse oxymeter, ECG on D II and V5, IBP, capnograph, and gas analyzer. A temporary transcutaneous pacemaker was available in case of severe bradycardia. Anesthesia was induced with fentanyl (0.25 mg), etomidate (20 mg), and atracurium (35 mg). Four minutes after anesthetic induction, the heart rate decreased to 30 bmp and 1 mg of atropine was administered with reversal of the bradycardia. Anesthesia was maintained with 2.5 percent sevoflurane, 60 percent room air, and 40 percent oxygen. Hemodynamic parameters and oxygen saturation remained stable. The patient was transferred to the intensive care unit in stable condition and extubated at the end of the procedure. CONCLUSIONS: The anesthetic conduct for pacemaker implant in a 47-year old patient with non-operated double outlet left ventricle and pulmonary stenosis was appropriate, since it allowed the procedure to be performed.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Ventrículo único es una anormalidad rara encontrada en aproximadamente 1 por ciento de los pacientes con cardiopatía congénita. Solamente 11 casos de pacientes con ventrículo único no operado y edad por encima de los 50 años, fueron relatados en la literatura. Este trabajo tiene el objetivo de describir la conducta anestésica en paciente con ventrículo único para implante de marcapaso. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo femenino, 47 años, con doble vía de entrada del ventrículo izquierdo, L-transposición de grandes arterias y estenosis subpulmonar, sin corrección quirúrgica previa, se marcó consulta para implante de marcapaso cardíaco definitivo secuencial de dos cámaras. En el MAPA presentaba bloqueo atrioventricular de segundo grado y una frecuencia cardiaca promedio de 45bpm. Los exámenes preoperatorios mostraban hematócrito de 57 por ciento, coagulograma normal, función ventricular preservada. La monitorización constó de oxímetro de pulso, ECG en las derivaciones D II y V5, PIA, capnógrafo y analizador de gases. Un marcapaso temporal transcutáneo quedó a disposición para el caso de bradicardia intensa. La anestesia se indujo con fentanil (0.25 mg), etomidato (20 mg) y atracurio (35 mg). Cuatro minutos después de la inducción, la frecuencia cardiaca disminuyó para 30bpm siendo administrado 1 mg de atropina, con reversión de la bradicardia. La anestesia se mantuvo con sevoflurano a 2.5 por ciento, aire 60 por ciento y oxígeno 40 por ciento. El estado hemodinámico y la saturación de oxígeno permanecieron estables. La paciente fue llevada a la unidad de terapia intensiva estable y extubada al final del procedimiento. CONCLUSIONES: La conducta anestésica para implante de marcapaso en paciente de 47 años con doble vía de entrada del ventrículo izquierdo y estenosis subpulmonar no operada, fue adecuada, ya que permitió la realización del procedimiento indicado.