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1.
Physis (Rio J.) ; 32(2): e320208, 2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1386846

ABSTRACT

Resumo Introdução: O aspecto subjetivo se revela no cuidado que o sujeito oferece e permite ressignificar sua subjetividade, atribuindo sentidos às experiências vividas no contexto inserido. Assim, familiares e profissionais criam manejos de cuidado aos bebês de acordo com suas necessidades, neste caso, bebês acometidos pelo vírus Zika. Objetivo: analisar a dimensão subjetiva implicada nos cuidados ofertados por pais homens aos bebês com síndrome congênita do Zika (SCZv). Método: Trata-se de pesquisa qualitativa com pais e profissionais de um serviço aos bebês com SCZv. Foram realizadas entrevistas individuais, grupos focais e a observação participante. Resultados: Em cenário de protagonismo materno, a presença paterna é quase ausente na maioria das famílias, mas quando há, os pais se mostram bastante atuantes no cuidado. Tais ações paternas são moldadas pela lógica masculina, como o apoio emocional dirigido à mulher, mas a não expressão das próprias emoções, além de atividades predominantes fora do lar. Na perspectiva paterna, é importante considerarmos o movimento tautológico de todos os lados possíveis promotores do afastamento dos pais - ora eles mesmos, ora a mãe, ora o serviço de saúde - para assim permitir o desfocar dos pré-conceitos e possibilitar a reflexão conjunta das inúmeras formas de exercitar a paternidade.


Abstract Introduction: The subjective aspect is revealed in the care that the subject offers, in addition, it makes it possible to reframe their subjectivity, attributing meanings to the experiences lived within the inserted context. Thus, family members and professionals create care management for babies according to their needs, in this case, babies affected by the Zika virus. Objective: to analyze the subjective dimension involved in the care offered by male parents to babies with congenital Zika syndrome (SCZv). Method: This is a qualitative research with parents and professionals from a service for babies with SCZv. Individual interviews, focus groups and participant observation were carried out. Results: In a scenario of maternal protagonism, the paternal presence is almost absent in most families, but when there is, the parents are quite active in the care. Such paternal actions are shaped by male logic, such as emotional support directed at women, but the non-expression of their own emotions, in addition to predominant activities outside the home. In the paternal perspective, it is important to consider the tautological movement from all sides as possible promoters of the fathers' distance - now themselves, now the mother, now the health service - in order to allow the unfocusing of preconceptions and enable the joint reflection of countless ways to exercise paternity.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Infant , Paternity , Mental Health , Caregivers , Disabled Persons , Zika Virus Infection/complications , Microcephaly , Brazil , Parenting , Health Personnel , Epidemics , Health Policy
2.
Rev. bras. saúde ocup ; 46: e10, 2021.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1341209

ABSTRACT

Resumo Introdução: a maternidade no contexto prisional assume especial complexidade devido aos efeitos psicossociais do aprisionamento, que repercutem nas mães prisioneiras e nos profissionais que atuam no meio. Objetivo: identificar formas de pensar, sentir e agir de profissionais que trabalham em contexto prisional com prisioneiras gestantes e com bebês. Métodos: pesquisa qualitativa, com uso de entrevistas com profissionais que atuavam em unidades prisionais materno-infantis do estado de São Paulo. A coleta dos dados ocorreu em 2015. Os discursos foram submetidos à análise de conteúdo com categorização temática. Utilizou-se Winnicott e Krech como referenciais teóricos. Resultados: a análise dos discursos revelou que os profissionais precisam lidar com as limitações institucionais e as vulnerabilidades sociais das presas. Nesse contexto, atuam com base em ideias fundamentadas nas áreas em que trabalham, como as esferas sociais, jurídicas e religiosas, e são movidos por ideais contraditórios, pautados pelos direitos humanos e pela rigidez prisional da segurança, próxima da lógica da punição. Reuniões multiprofissionais para reflexões críticas potencializam o enfrentamento das adversidades. Conclusão: o compartilhamento coletivo de impotências e de potencialidades parece possibilitar novas reconfigurações do trabalho e edificar uma atuação interdisciplinar para o enfrentamento dos efeitos institucionais e psicossociais do aprisionamento.


Abstract Introduction: the motherhood experience in prison involves a unique complexity due to psychosocial effects of imprisonment, which rebound in both the incarcerated mothers and professionals working in the prison system. Objective: to identify the ways of thinking, feeling, and acting of the professionals who deal with pregnant women and mothers with babies in prisons. Methods: qualitative research conducted in 2015 with data obtained by interviews with professionals who worked for prison units in the state of São Paulo. Data underwent thematic content analysis, based on Winnicott's and Krech's studies. Results: the analysis revealed that those professionals need to deal with institutional limitations and inmates' social vulnerabilities. They relied on notions from their own working field, such as the social, legal, and religious spheres. Moreover, the professionals are driven by contradictory ideals grounded on human rights and on prison rigidity, which comes near to the punishment logic. Multidisciplinary meetings for critical reflections help overcoming these adversities. Conclusion: the collective sharing of helplessness and potentialities seems to enable new working reconfigurations and build an interdisciplinary action to face imprisonment institutional and psychosocial effects.

3.
Estud. Interdiscip. Psicol ; 11(1): 243-256, jan-abr.2020.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1337595

ABSTRACT

O artigo objetiva apresentar e discutir a experiência de um curso de difusão científica em Saúde Mental realizado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O público participante foi composto por profissionais de saúde atuantes em diferentes áreas em todo território brasileiro. O curso visou contextualizar o panorama atual da saúde mental coletiva, apresentando a rede de atenção psicossocial, tendo em vista alcances e desafios presentes nas práticas nesse campo. A metodologia ativa embasou todo seu processo de planejamento e execução. Além da parte teórica, visitas em serviços de saúde mental foram realizadas, o que se mostrou ferramenta potente de conhecimento da realidade e permitiu a reflexão sobre avanços e dificuldades vivenciadas no território a partir do compartilhamento e confronto de realidades. A realização desse curso deixou clara a importância de oferecer espaços de discussão do trabalho que possam promover o protagonismo dos profissionais de saúde mental (AU).


This paper presents and discusses the experience of a scientific course about Mental Health at Public Health School, University of São Paulo. The participants were health professionals who work in different parts of Brazil. The course aimed to contextualize the current situation of public mental health, to present the psychosocial care network and to discuss outcomes and challenges of practices in this field. The active learning method was adopted for the planning and development of the course. Besides the theoretical part, the course promoted guided visits at different mental health services and this strategy was considered by participants as a powerful learning tool. The classes also provided moments of sharing and discussion of different experiences of professionals, allowing reflection about achievements and difficulties of each territory. This course clearly showed the importance of providing daily work discussion opportunities in order to promote the leading role of mental health professionals (AU)


El objetivo del siguiente artículo es presentar y discutir la experiencia de un curso en Salud Mental realizado en la Facultad de Salud Pública de la Universidad de São Paulo. Los participantes fueron profesionales de la salud de todo Brasil. El curso tuvo como objetivo contextualizar la situación actual de la salud mental colectiva, presentando la red de atención psicosocial, teniendo en cuenta los logros y desafíos presentes en las prácticas en este campo. La metodología activa basó todo su proceso de planificación e implementación. Además de la parte teórica, hemos visitado los servicios de salud mental que resultó ser una poderosa herramienta de conocimiento de la realidad, así como también la puesta en común y discusión de las realidades, lo que permite la reflexión sobre los avances y las dificultades experimentadas en su territorio. Este curso evidenció la importancia de ofrecer oportunidades de generar el protagonismo de los profesionales de salud mental (AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Teaching , Mental Health , Public Health , Problem-Based Learning , Universities , Knowledge
4.
Trab. educ. saúde ; 18(3): e00306138, 2020.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1139792

ABSTRACT

Resumo Trata-se de um estudo qualitativo que analisou as percepções dos profissionais do contexto prisional em relação aos bebês de mães presas. Foram entrevistados profissionais de São Paulo das áreas jurídica, políticas públicas, social, saúde, educação, segurança e voluntariado religioso. Os resultados evidenciaram que o olhar romântico da maternidade sobrevive atrás das grades. Assim, o bebê mobiliza sentimentos de amor, compaixão e alegria. No entanto, também emergem sentimentos de raiva, tristeza e dó por se depararem com bebês em local de segregação e punição. O bebê pode ficar preso ao estigma da criminalidade da mãe, representado com desesperança e preconceito por alguns profissionais com a expressão 'sementinha do mal'. Os profissionais sentem-se sensibilizados com o cenário da maternidade na prisão, expressando sentimentos contraditórios de tristeza e alegria, esperança e desesperança, raiva e compaixão. As implicações subjetivas e representações acerca do bebê em contexto prisional, portanto, sustentam os cuidados oferecidos pelos profissionais, suas atitudes diante das presas, dos atores envolvidos e os futuros atores, os bebês.


Abstract This is a qualitative study that analyzed the professionals' perceptions of imprisoned mother's babies. Professionals from São Paulo (Brazil) from the legal, public policy, social, health, education, security and religious volunteering areas were interviewed. The results showed that the romantic look of motherhood survives behind bars. Thus, the baby mobilizes feelings of love, compassion and joy. However, feelings of anger, sadness and pity also emerge for encountering babies in a place of segregation and punishment. The baby may be stuck with the stigma of the mother's criminality, represented with hopelessness and prejudice by some professionals with the expression 'evil seed'. Professionals feel touched by the prison maternity scenario, expressing contradictory feelings of sadness and joy, hope and hopelessness, anger and compassion. The subjective implications and representations about the baby in a prison context, therefore, support the care offered by the professionals, their attitudes towards the prisoners, the actors involved and the future actors: the babies.


Resumen Se trata de un estudio cualitativo que analizó el abanico de percepciones de los profesionales que actúan en el contexto carcelario con relación a los bebés de madres privadas de libertad. Se entrevistaron a profesionales de São Paulo (Brasil) de diferentes áreas: jurídica, políticas públicas, social, salud, educación, seguridad y voluntariado religioso. Los resultados evidenciaron que la mirada romántica de la maternidad sobrevive detrás de las rejas. Así es que, el bebé moviliza sentimientos de amor, compasión y alegría. Sin embargo, también emergen sentimientos de rabia, tristeza y lástima por tratarse de bebés en un local de segregación y punición. El bebé puede quedar preso al estigma de la criminalidad de la madre, cuando vemos como algunos profesionales representan la desesperanza y prejuicio con la expresión 'semillita del mal'. Los profesionales se sensibilizan con el escenario de la maternidad en la cárcel, y expresan sentimientos contradictorios de tristeza y alegría, esperanza y desesperanza, rabia y compasión. Las implicaciones subjetivas y las representaciones acerca del bebé en el contexto prisional, por tanto, sustentan los cuidados ofrecidos por los profesionales, sus actitudes ante las presas, de los actores involucrados y los futuros actores, los bebés.


Subject(s)
Humans , Prisons , Mental Health , Public Health , Mother-Child Relations
5.
São Paulo; s.n; 2019. 216 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1021181

ABSTRACT

Introdução: O vírus Zika surgiu de forma explosiva e pandêmica na Oceania e nas Américas. Seus efeitos acometeram, em especial, bebês com variados sinais e sintomas que culminaram no nascimento de uma nova síndrome nunca antes registrada. Dessa forma, nasce, ao mesmo tempo, os bebês acometidos e os modos de cuidado voltados a essa população. Nesse sentido, é fundamental entender as relações de cuidados implicados nesse processo respaldados pela noção de cuidado preconizada em Saúde Pública composta por vários elementos como aspectos sociais, ocupacionais, econômicos, culturais e subjetivos. O aspecto subjetivo se revela no cuidado que o sujeito oferece, além disso, possibilita ressignificar sua subjetividade, atribuindo sentidos às experiências vividas. Objetivo: Analisar a dimensão subjetiva implicada nos cuidados ofertados por pais e profissionais de saúde às crianças com síndrome congênita do Zika (SCZv). Método: Trata-se de pesquisa qualitativa com cuidadores que compõem o ambiente do bebê com SCZv: pais e profissionais de um serviço especializado no município de Campina Grande no estado da Paraíba, Brasil, cidade com alta prevalência da doença. Dois grupos de sujeitos, um com pais e mães, outro com profissionais, separadamente, participaram de entrevistas individuais e grupos focais. Realizamos também a observação participante desses sujeitos inseridos nas atividades do serviço. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo e de discurso articulados com a perspectiva winnicottiana. Resultados e discussão: A atenção foi caracterizada pelo esforço da atuação interdisciplinar, busca pela horizontalidade construída a partir da concepção de que 'o mosquito nos uniu', resultando em estreita proximidade entre os cuidadores. A mídia e a ciência registraram o cuidado nascente, ora cooperando com informações aos pais e profissionais, ora os expondo e reduzindo-os a notificações epidemiológicas. O cuidado produziu e foi produzido pelos modos de subjetivar de cada cuidador envolvido, ao mesmo tempo assumiu similaridades entre mães, pais e profissionais. As mães-mulheres carregam o peso das representações sociais da maternidade percebidas como congênitas, expressas pela centralidade do cuidado. Em cenário de protagonismo materno, a presença paterna é quase ausente na maioria das famílias, mas quando há, os pais se mostram bastante atuantes no cuidado. Tais ações paternas são moldadas pela lógica masculina, como o apoio emocional dirigido à mulher, mas a não expressão das próprias emoções, além de atividades predominantes fora do lar. Outros cuidadores com posição destacada foram as profissionais. Sensibilizadas pela causa, ultrapassam a execução em si do trabalho e atuam em prol das famílias também na esfera pessoal. Diante das intensidades, sem recursos científicos, a principal intervenção da equipe foi o amor. Os cuidadores em geral mostram sentimentos intensos de alegria pelo cuidado visto como missão, medo do futuro e tristeza diante dos estigmas que proliferam sobre os bebês acometidos pela SCZv. Em contexto Zika, o afeto demonstra ser contagioso e exerce influência na intensa presença do cuidador. Considerações Finais: O que sobrevive, após situação de emergência, é o desejo dos cuidadores pela inserção efetiva dos bebês em sua comunidade com direitos assegurados. Pensar no futuro dessa população é refletir sobre a efetivação do apoio psicossocial e da disponibilidade de todas as instâncias para um olhar digno aos bebês e seus cuidadores. Embora o surto tenha acabado, assim como os holofotes midiáticos e acadêmicos, as histórias e os efeitos permanecem vivos.


Introduction: The Zika virus emerged explosively and pandemic in Oceania and the Americas. Its effects affected, in particular, babies with varied signs and symptoms that culminated in the birth of a new syndrome never before registered. In this way, the babies affected and the modes of care directed to this population are born at the same time. In this sense, it is fundamental to understand the care relationships implied in this process backed up by the notion of public health care, composed of several elements such as social, occupational, economic, cultural and subjective aspects. The subjective aspect is revealed in the care that the subject offers that makes it possible to re-signify its subjectivity, attributing meanings to the lived experiences. Objective: To analyze the subjective dimension involved in the care offered by parents and health professionals to children with Zika congenital syndrome. Method: This is a qualitative research with caregivers that compose the environment of the baby with Zika congenital syndrome: parents and professionals of a specialized service in the city of Campina Grande in the state of Paraíba, Brazil, city with high prevalence of the disease. Two groups of subjects, one with parents and one with professionals, separately, participated in individual interviews and focus groups. We also performed the participant observation of these subjects included in the service activities. The data were submitted to the analysis of content and discourse articulated with the Winnicottian perspective. Results and discussion: Attention was characterized by the effort of the interdisciplinary action, search for horizontality built from the conception that 'the mosquito united us', resulting in close proximity between caregivers. The media and science have recorded nascent care, sometimes cooperating with information to parents and professionals, sometimes exposing them and reducing them to epidemiological reporting. Care produced and was produced by the modes of subjectivation of each caregiver involved, at the same time assumed similarities between mothers, fathers and professionals. Mothers-women carry the weight of the social representations of motherhood perceived as congenital, expressed by the centrality of care. In a scenario of maternal role, the presence of the father is almost absent in most families, but when there is, parents are very active in care. Such paternal actions are shaped by masculine logic, such as the emotional support directed at the woman, but the non-expression of one's own emotions, as well as activities predominant outside the home. Other caregivers with a prominent position were the professionals. Sensitized by the cause, the professionals surpass the actual execution of the work and act in favor of the families also in the personal sphere. Faced with intensities, without scientific resources, the main intervention of the team was love. Caregivers in general show intense feelings of joy for care seen as mission, fear of the future and sadness in the face of the stigmata that proliferate over the babies affected by SCZv. In the Zika context, letting oneself be affected proves to be contagious and exerts influence in the intense presence of the caregiver. Final Concerns: The surviving scenario, after an emergency situation, is the desire of the caregivers for the effective insertion of the infants in their community with assured rights. To think about the future of this population is to reflect on the effectiveness of the psychosocial support and the availability of all instances for a decent look at the babies and their caregivers. Although the outbreak has ended, as well as the media and scholarly spotlight, the stories and effects remain alive.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Infant , Public Health , Zika Virus , Mother-Child Relations , Mental Health
6.
São Paulo; s.n; 2015. 134 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-914797

ABSTRACT

Introdução: A relação mãe e bebê, movida por cuidados repetitivos providos de afeto, deve ser disponibilizada ao bebê para sua constituição como sujeito psíquico e social. Para a parceria se efetivar, a díade necessita de um ambiente favorável representado por uma rede de cuidados potente e sustentadora. A maternidade, em contexto prisional, assume especial complexidade pela inserção e efeitos do aprisionamento. Tal efeito se estende aos profissionais que atuam em meio a essas repercussões que moldam suas atitudes no dispositivo prisional. Objetivo: Identificar atitudes e intervenções de profissionais que trabalham em contexto prisional em relação às gestantes e mães com bebês presas. Método: Foi aplicado um questionário destinado a caracterizar o perfil dos participantes e entrevista semidirigida com oito profissionais com atuação voltada às grávidas e às mães com bebês no contexto prisional escolhidos a partir da técnica bola de neve. Buscou-se contemplar os olhares de várias esferas: Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Pastoral Carcerária, Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e ex-servidores das unidades materno-infantis. Os discursos construídos foram submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática. Utilizaram-se dois referenciais teóricos: a dimensão psíquica de Winnicott e a dimensão social de Krech. Resultados: Os profissionais revelam potências e impotências que, ao serem compartilhadas de forma coletiva, mostram-se edificadoras da atuação interdisciplinar. Tal atuação revela as ideias defendidas pelas áreas em que trabalham, como as esferas sociais, jurídicas e religiosas movidas por ideais pautados nos direitos humanos e a segurança próxima da lógica da punição. Sobre a maternidade na prisão, o imaginário coletivo que atribui à mãe um lugar social quase sagrado também ocorre atrás das grades. A função materna, permeada pela vitalidade, é inserida paradoxalmente em situação de mortificação subjetiva. Essa complexidade traz aos profissionais profunda lamentação e esperança de transformação da presa a partir da maternidade. Também há simbolizações destrutivas em relação ao bebê, visto como herdeiro da biografia transgressora da mãe. Para atuação nessa situação, há a necessidade de apoio aos profissionais nos intra e extramuros, como a sustentação familiar, seus valores, religiosidade, amparo teórico e atuação multiprofissional. Assim, desejam transformações que oxigenem e aliviem o ar aprisionado por tanta mortificação que eles e os presos respiram e pulsam do mesmo cotidiano com espaços de capacitação e reflexão. Conclusão: Movimentos pendulares de potência e impotência, segregação e criatividade, modelam as atitudes dos profissionais aprisionados na lógica institucional. Muitas vezes tal lógica impede a atuação espontânea como também revela espaços de novas reconfigurações, na tentativa de levar vivacidade à desesperança impregnada nas paredes e atitudes de alguns presos e profissionais que ali habitam.


Introduction: The mother-child relationship, driven by repetitive provided care affection, should be available to the baby for its establishment as psychological and social subject. For the partnership goes through, the dyad needs a favorable environment represented by a network of powerful and supportive care. The motherhood, in the prison context, is particularly complex by the insertion and effects of imprisonment. This effect extends to professionals in the midst of these repercussions that shape the prison device. Objective: To identify attitudes and interventions of professionals working in the prison context in relation to pregnant women and mothers arrested with babies. Method: A questionnaire aimed to characterize the profile of participants and semistructured interviews with eight professionals with performance directed to pregnant women and mothers with their babies in the prison setting chosen from the technique "snowball". We tried to cover the eyes of various spheres: Public Defenders Office for the State of São Paulo, Prison Ministry, National Penitentiary Department (DEPEN) and former employees of the mother and child units. The speeches built were subjected to content analysis in the thematic mode. Two theoretical frameworks were used: the psychic dimension by Winnicott and the social dimension by Krech. Results: The professionals show power and impotence that, when shared collectively, are shown builders of the interdisciplinary approach. This action reveals the ideas in the areas in which they work, such as social, legal and religious spheres driven by ideals guided on human rights and the next logical security of the punishment. About motherhood in prison, the collective picture that gives the mother an almost sacred place in society also occurs behind bars. The maternal function, permeated with vitality, is inserted paradoxically in a situation of subjective mortification. This complexity brings to deep lamentation in the professionals and hope to transform the inmate from motherhood. There are also destructive symbolization in relation to the baby, seen as heir to the transgressive biography of the mother. To act in this situation, there is a need to support professionals in the intra and extramural, such as family support, their values, religiosity, theoretical support and multidisciplinary expertise. So wish transformations oxigenem and relieve the trapped air by so much mortification that they and the prisoners breathe and pulsate the same everyday with spaces of training and reflection. Conclusion: Commuting power and impotence, segregation and creativity, shape the attitudes of professionals imprisoned in the institutional logic. Often such logic prevents spontaneous action but also shows areas of new reconfigurations in an attempt to bring liveliness to hopelessness impregnated the walls and attitudes of some prisoners and professionals who live there.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Mother-Child Relations , Prisons , Mental Health , Public Health
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