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1.
Rev. bras. educ. méd ; 48(1): e005, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535553

ABSTRACT

Resumo Introdução: A preceptoria na atenção primária à saúde desempenha papel central na formação do residente, já que 70%-80% da carga horária dos programas de residência de medicina de família e comunidade (PRMFC) acontece na unidade de saúde da família. Como preceptor entende-se o professor que ensina na prática clínica. O cenário atual de expansão dos PRMFC, associado a poucos profissionais especializados em preceptoria, fez com que vários modelos fossem praticados. Uma revisão de literatura feita em estágio anterior a este trabalho, além das contribuições da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, identificou quatro modelos de preceptoria em MFC: ombro a ombro, preceptor da equipe ao lado, preceptor de unidade e preceptor de campo. Objetivo: Este estudo teve como objetivos validar esses quatro modelos e identificar outros, determinar, sob a ótica da qualidade de formação dos residentes, a aceitabilidade e o grau de recomendação dos modelos, e reconhecer os pontos positivos e negativos. Método: Utilizou-se a técnica Delphi modificada por questionários on-line. O estudo começou com 24 participantes de todo o Brasil na primeira rodada e terminou com 18. Aplicaram-se a técnica de estatística descritiva e a análise de conteúdo. O estudo foi realizado entre fevereiro e abril de 2022. Resultado: Validaram-se os quatro modelos apresentados, e nenhum outro foi identificado. Os modelos ombro a ombro, preceptor da equipe ao lado e preceptor de unidade foram considerados aceitáveis; e o modelo preceptor de campo, inaceitável. Os modelos ombro a ombro e preceptor de unidade foram recomendados. Reconheceram-se 92 aspectos como pontos positivos e negativos, dos quais 81 atingiram consenso. Conclusão: Obteve-se a validação dos quatro tipos de modelos de preceptoria para PRMFC. Como os modelos ombro a ombro e preceptor de unidade foram elencados como aceitáveis e recomendáveis, é importante que sejam priorizados na implantação e manutenção dos PRMFC. Os modelos preceptor da equipe ao lado e preceptor de campo foram julgados como não recomendados e, portanto, devem ser evitados. O conhecimento das fortalezas e fraquezas de cada modelo prepara os PRMFC para as possíveis dificuldades e os auxilia na escolha do modelo adequado às diversas realidades existentes no país.


Abstract Introduction: Medical residency preceptorship in primary healthcare plays a major role in the professional qualification of medical residents, since 70-80% of the workload of the Family and Community Medical Residency Program (PRMFC) takes place in primary care clinics. A preceptor is understood as an experienced practitioner who teaches during clinical practice. The current scenario of expansion of PRMFCs in Brazil, associated with the limited number of professionals specialized in preceptorship, has resulted in the practice of different preceptorship models. A literature review performed in the previous stage of this study, added to the contributions of the Brazilian Society of Family and Community Medicine, pointed out four models of preceptorship in family practice: shoulder-to-shoulder, next-door team, clinic preceptor and field preceptor. Objective: To validate these four models of preceptorship and identify if there are others models; to determine, from the perspective of the quality of training residents, the acceptability and degree of recommendation of the models and recognize the positive and negative points. Method: The Delphi technique modified by online questionnaires was used. It was initiated with 24 participants from all over Brazil in the first round and ended with 18. Descriptive statistics and content analysis method was applied. The study was conducted between February and April 2022. Result: The four models presented were validated and no others were identified. The shoulder-to-shoulder, nextdoor team preceptor and clinic preceptor models were considered acceptable and the field preceptor model, unacceptable. The shoulder-to-shoulder and clinic preceptor models were recommended. Ninety-two aspects were recognized as positive and negative points. Of these, 81 achieved consensus. Conclusion: The shoulder-to-shoulder preceptor and clinic preceptor models were validated as acceptable and recommended, so it is important to prioritize these models in the implementation and maintenance of PRMFCs. The next-door team preceptor and field preceptor models were deemed as not recommended and, therefore, should be avoided. Information about the strengths and weaknesses of each model prepares the PRMFCs for possible implementation difficulties and helps them to select the appropriate model for the different realities existing in the country.

2.
Rev. bras. educ. méd ; 43(1,supl.1): 82-90, 2019. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1057590

ABSTRACT

RESUMO O reconhecimento das características culturais dos grupos sociais e de suas diferentes necessidades e concepções do processo saúde-doença, segundo Starfield, é um importante atributo derivado da atenção primária: a competência cultural. Por meio desse atributo, é possível desenvolver laços fortes com as pessoas e famílias alvo dos cuidados em saúde, obtendo-se maior satisfação, diagnósticos mais precisos e maior adesão ao tratamento. Mesmo num país como o Brasil, que ainda oferece um sistema de saúde universal e gratuito, populações minorizadas - por etnia, identidade de gênero, orientação sexual ou condição socioeconômica - enfrentam barreiras de acesso a esses serviços e apresentam piores indicadores de saúde. Tanto o profissional de saúde, quanto o usuário podem pertencer a vários grupos culturais simultaneamente, de acordo com sua identidade de gênero, idade, etnia, região, religião, orientação sexual, profissão ou papel que desempenha na família, classe social, bem como de outras características, e manifestar-se de maneiras culturalmente distintas em diferentes situações. É importante que o médico de família e comunidade reconheça que possui um conjunto de premissas e valores fundamentais que influenciam seu comportamento e sua interpretação do que é dito pelo outro. Devido a essa complexidade, esses aspectos devem ser considerados na discussão do processo saúde-doença e da construção de um plano de cuidados compartilhado. Este ensaio discute o desenvolvimento da competência cultural como uma resposta às barreiras de acesso à saúde para populações minorizadas no contexto da medicina de família e comunidade, com base na literatura. Foi realizada uma revisão exploratória do tema, que também identificou objetivos de aprendizagem e estratégias de ensinagem que podem ser incorporadas aos programas de residência em medicina de família e comunidade, visando colaborar com a sistematização do ensino desta competência, respeitando-se as especificidades regionais. Ele ainda aponta a necessidade de mudanças institucionais para incentivar e valorizar a prática da competência cultural, com disponibilização de tempo e infraestrutura para o desenvolvimento dessa competência pelos profissionais da atenção primária.


ABSTRACT The recognition of cultural characteristics of social groups, as well as their different needs and conceptions of the health-disease process is, according to Starfield, one of the important attributes derived from primary care: cultural competence. Through this attribute it is possible to develop strong bonds with the people and families who are the target of health care, resulting in greater satisfaction, more accurate diagnoses and greater adherence to treatment. Even in a country like Brazil, which still offers a free universal health system, minoritized populations - whether by ethnicity, gender identity, sexual orientation or socioeconomic status - face barriers to access these services and report poorer health indicators. Both the health professional and the user can belong to several cultural groups simultaneously, according to their gender, age, ethnicity, regionality, religion, sexual orientation, profession, role in the family, social class, as well as other characteristics and manifest in culturally distinct ways in different situations. It is important for the family physician to recognize the set of fundamental assumptions and values which influence their behavior and their interpretation of what is said by the other. Due to this complexity, these aspects should be considered in the discussion of the health-disease process and the construction of a shared care plan. This essay aims to discuss the development of cultural competence as a response to barriers health care access for minorities in the context of family and community medicine. An exploratory review of the literature was carried out, which also identified learning objectives and teaching strategies that can be incorporated into family and community medicine residency programs, aiming to collaborate with the systematization of teaching of this competence, respecting regional specificities. It also points out the need for institutional changes so that there is encouragement and appreciation of the practice of cultural competence, with the provision of time and infrastructure for the development of this competence by primary care professionals.

3.
Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online) ; 12(39): 1-9, jan.-dez. 2017. tab
Article in Portuguese | ColecionaSUS, LILACS | ID: biblio-877127

ABSTRACT

A Atenção Primária à Saúde é via preferencial de acesso ao sistema de saúde, tendo em vista seu papel ordenador, os benefícios da continuidade do cuidado e resolutividade deste nível de atenção. Diversas barreiras de acesso, dentre eles o horário restrito de funcionamento, fazem com que esse primeiro contato não seja facilitado. No Recife, novos equipamentos de Atenção Primária à Saúde vêm sendo implantados desde o ano de 2013: as "Upinhas 24 horas". O objetivo deste trabalho é analisar o modelo "Upinha" apresentado como uma solução para ampliação de acesso. Foi realizada uma revisão da literatura sobre diversas estratégias existentes de ampliação do acesso, a partir das quais se analisou criticamente o modelo "Upinha 24 horas" às lentes dos modelos vigentes. Horário estendido, acesso avançado e acolhimento à demanda espontânea foram os modelos de ampliação de acesso revisados para embasar a discussão. O impacto do horário estendido na ampliação do acesso pode ser minimizado se outras medidas, como mudanças no modelo de agendamento, priorizando o acesso avançado, não forem concomitantemente implantadas. O modelo "Upinha 24 horas", da forma como se apresenta, parece ser baseado na concepção de uma Atenção Primária à Saúde que funciona como complemento para "desafogar" os serviços de atendimento às urgências já existentes e não como ordenadora do serviço de atenção às urgências. Apesar de apontar numa direção inicialmente acertada, a implantação das "Upinhas 24 horas" parece ainda ser uma proposta incipiente na garantia de acesso.


Primary Health Care is a preferential route of access to the health system, considering its ordering role, the benefits of continuity of care and the effectiveness of this level of care. Several access barriers, including restricted hours of operation, make this first contact difficult. In Recife, new equipment for Primary Health Care has been implemented since 2013: the "Upinhas 24 horas". The objective of this essay is to analyze the "Upinha" model presented as a solution to increase access. A review of the literature on several existing strategies of access expansion was carried out, from which the "Upinha 24 horas" model was analyzed critically through the lenses of the current models. Extended hours, advanced access and welcoming of the spontaneous demand were the models of access expansion revised to support the discussion. The impact of extended hours on increased access can be minimized if other measures, such as changes to the scheduling model prioritizing advanced access, are not implemented concurrently. The "Upinha 24 horas" model, as presented, seems to be based on the conception of a Primary Health Care system that works as a complement to "unload" the services of attendance to emergency services and not as ordering of the system emergency attention. Despite pointing in an initially correct direction, the implementation of the "Upinhas 24 horas" still seems to be an incipient proposal in the guarantee of access.


La Atención Primaria es la vía preferencial de acceso al sistema de salud, teniendo en cuenta su papel ordenador, los beneficios de la continuidad del cuidado y resolución de este nivel de atención. Diversas barreras en el acceso, dentro de ellas, el horario restringido de funcionamiento, hacen que ese primer contacto sea difícil. En Recife, nuevos equipos de Atención Primaria vienen siendo implementados desde el año 2013: las "Upinhas 24 horas". El objetivo de este trabajo es analizar el modelo "Upinha" presentado como una solución que amplía el acceso. Fue realizada una revisión de la literatura sobre diversas estrategias existentes de ampliación del acceso, a partir de las cuales se analizó críticamente el modelo "Upinha 24 horas" a la vista de los modelos vigentes. Horario extendido, acceso avanzado y acogimiento de la demanda espontanea, fueron los modelos de ampliación del acceso revisados para sustentar la discusión. El impacto del horario extendido en cuanto a la ampliación del acceso puede ser minimizado si otras medidas, como cambios en el modelo de turnos priorizando el acceso avanzado, no fueran concomitantemente implementadas. El modelo "Upinha 24 horas" de la forma que se presenta, parece basado en la concepción de una Atención Primaria que funciona como complemento para "desahogar" los servicios de atención de urgencias. A pesar de apuntar en una dirección inicialmente correcta, la implementación de las "Upinhas 24 horas" parece ser todavía una propuesta incipiente en la garantía del acceso.


Subject(s)
Primary Health Care , Family Health , Gatekeeping , After-Hours Care , Family Practice
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