ABSTRACT
Os autores estudaram doadores voluntários de sangue portadores de anti-HCV apreciado pelo método ELISA de l( geraçao. Todos foram provenientes de diferentes bancos de sangue de Porto Alegre e enviados pela Secretaria Estadual de Saúde e Meio Ambiente do Rio Grande do Sul ao Serviço de Gastrenterologia da Fundaçao Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre. Aqueles também portadores de marcadores para o vírus B (HBsAg/anti-HBc IgG) foram excluídos. Foram analisados 89 doadores (cerca de 2 por cento do total de 5.797 examinados). Desses 89, foi realizada biópsia de fígado em 46 e em 42 pôde ser feita análise da estrutura do fígado. Numerosos fatores de risco foram estudados. Ausência de fator de risco aparente foi observada em 31,5 por cento; transfusao de sangue em 13,4 por cento; drogadiçao em 1O por cento e, em conjunto, injeçoes com seringas e/ou agulhas nao descartáveis, hospitalizaçoes prévias (sem transfusao), manipulaçao de material hospitalar em 32,4 por cento. A alanina-aminotransferase foi o teste laboratorial que mais freqüentemente se mostrou alterado (39 por cento). O fígado se mostrou inalterado em oito de 42 doadores biopsiados (19 por cento). Hepatite crônica persistente foi o achado mais comum (42,8 por cento). Hepatite crônica ativa e cirrose foram descritas em 16,6 por cento e 9,5 por cento dos doadores, respectivamente. Correlaçao estatisticamente significativa foi observada entre alteraçoes da ALT e lesao hepática, embora tenha havido superposiçao de valores. Nao foi observada correlaçao positiva entre os diferentes fatores de risco analisados e as alteraçoes estruturais observadas.