Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 5 de 5
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. bras. psicanál ; 50(1): 158-182, mar. 2016. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1251429

ABSTRACT

Na psicanálise, existe uma lacuna relativa ao conceito de intuição. Freud mencionou o termo apenas três vezes, sem ater-se a ele, sem defini-lo, demonstrando pouco caso. No trabalho de seus discípulos, uma idêntica indiferença pode ser encontrada. Por quê? Será porque o dissidente Jung o valorizou? Ou por medo de que a psicanálise poderia vir a ser considerada não científica, caso o uso da intuição fosse reconhecido no trabalho clínico? Depois de tantas infrutíferas pesquisas bibliográficas, encontramos em Bion um interesse claro pela função intuitiva, considerando-a um artifício fundamental do analista. A alusão à intuição, sem a menção do termo, é frequente nos trabalhos psicanalíticos posteriores a Freud. Os que o desvalorizam usam-no; quem o usa não o define; quem o valoriza o usa entre aspas. A pouca clareza relativa ao termo na psicanálise favorece a anonimidade de sua função. Este artigo estabelece relações entre alguns dos poucos autores que se referiram especificamente à intuição (Jung, Bion, Grinberg, Medina, Trinca etc.), na tentativa de construir uma definição para esta função. Contudo, quando depois disto se disser que algo é intuição, ainda assim alguém poderá afirmar ser outro o processo - o que evidencia a lacuna que permite que se atribua o mesmo termo para outros princípios teóricos e definições conceituais. Se não se puder chegar a uma definição amplamente aceita, torna-se necessário observar como os autores aqui mencionados se utilizam da intuição.


In psychoanalysis, there is a relative lack in the concept of intuition. Freud mentioned that term only three times, without sticking to it, defining it, showing any interest in it. In Freud’s pupils’ work, the same indifference may be found. Why? Would it be because Jung, the dissident pupil, gave it value? Or (would it be) for fear that psychoanalysis might be considered not scientific, if the use of intuition was recognized in clinical practice? After several unsuccessful bibliographic searches, we finally found a clear interest in intuitive function in Bion’s work, where it is considered a psychoanalyst’s fundamental tool. In post-Freudian psychoanalytic works, we can often find allusions to intuition without mentioning the word. Those who undervalue the term use it; those who use it do not define it; those who value it use it in quotes. The unclear idea of intuition in psychoanalysis is propitious to the anonymous feature of its function. In order to attempt to define intuition, this paper establishes a connection among some of the few authors who specifically referred to this function (Jung, Bion, Grinberg, Medina, Trinca etc.). However, even if we have defined it, when it will be said something is intuition, someone may claim it is another process - which shows a lack that lets the same term be used to refer to other theoretical principles and conceptual definitions. If a fully accepted definition cannot be achieved, it is necessary to observe how the authors herein mentioned use intuition.


En el psicoanálisis existe una laguna relacionada con el concepto de intuición. Freud mencionó el término solo tres veces, sin apegarse a él, sin definirlo, demostrando poco interés. En el trabajo de sus discípulos, se encuentra una indiferencia idéntica. ¿Por qué? ¿Será porque el disidente Jung lo valorizó? ¿O por miedo a que el psicoanálisis pudiera ser considerado como no científico, en caso de que la intuición fuera reconocida en el trabajo clínico? Después de tantas búsquedas bibliográficas infructíferas, encontramos en Bion un claro interés por la función intuitiva, considerándola un artificio fundamental del analista. La alusión a la intuición, sin mencionar el término, es algo frecuente en los trabajos psicoanalíticos posteriores a Freud. Los que lo desvalorizan lo usan; quien lo usa no lo define; quien lo valoriza lo usa entre comillas. La poca claridad relacionada al término en el psicoanálisis favorece el anonimato de su función. Este artículo establece relaciones entre algunos de los pocos autores que se refirieron específicamente a la intuición (Jung, Bion, Grinberg, Medina, Trinca etc.), en un intento de construir una definición para esta función. Sin embargo, cuando después de esto se diga que algo es intuición, todavía alguien podrá afirmar que es otro proceso - lo que pone en evidencia la laguna que permite que se atribuya el mismo término para otros principios teóricos y definiciones conceptuales. Si no es posible llegar a una definición aceptada ampliamente, se hace necesario observar cómo los autores aquí mencionados utilizan la intuición.

2.
Rev. bras. psicanál ; 21(3): 367-401, 1987.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-47514

ABSTRACT

Dois monges dominicanos, Jacobus Sprenger e Heinrick Kramer, redigem, em 1486, o que se tornará a bíblia dos Inquisidores, sob o título "Malleus Maleficarum" ("Martelo das Bruxas"), responsável pela morte de milhares de pessoas acusadas de feitiçaria. Tal libelo, felizmente relegado, continua sendo un documento etnológico, histórico valioso e, dentro da ótica psicanalítica, pode permitir que se atinjam significaçöes do mundo imaginário, das angústias e dos processos defensivos que escaparam, em seu profundo sentido, até aos que as vivenciaram: Inquisidores, Bruxas e povo daquela época. As contribuiçöes teóricas de Freud, Melanie Klein, Winnicott, Bion, Kohut ajudaram-nos em tal dicifraçäo


Subject(s)
History, 15th Century , Psychoanalytic Theory
3.
Psicol. teor. pesqui ; 2(2): 116-31, maio-ago. 1986. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-92820

ABSTRACT

Säo apontadas algumas das razöes que podem levar certos pais adotivos a preferirem näo revelar a criança ter sido esta por eles adotada. Todavia, quando é escolhida a opçäo de guardar segredos, ou o caminho das inverdades, na tentativa de escamotear eventuais problemas, outros bem mais graves poderäo surgir, para os pais, e sobretudo, para o própria criança. Três casos verídicos, retirados de prontuários clínicos, permitem descrever algumas conseqüências negativas, psicológicas e sociais, decorrrentes, principalmente, da insegurança dos pais adotivos em assumirem-se serenamente como tais ao lado da criança acolhida em seu lar


Subject(s)
Adoption , Parent-Child Relations
4.
Rev. bras. psicanál ; 19(4): 423-55, 1985.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-27783

ABSTRACT

Em nossa formaçäo analítica, somos bem treinados em lidar com o material do paciente quando ele distorce, projeta, imagina, alucina, quando está no mundo dos "como se", quando nos sente pelo que nós näo somos. Relembra-se, porém, neste artigo, citando exemplos clínicos, que o paciente näo somente deforma a realidade mas, às vezes, é capaz, pela intuiçäo, de captar verdades íntimas e secretas do analista. E o que fazer nestes casos? Raríssimas säo as respostas a respeito desta questäo dentro das obras de técnica psicanalítica e ainda menos por parte dos supervisores. Poderíamos, pelos menos em certos casos, sendo que o analisando veio conosco para se conhecer melhor, torná-lo ciente de seus dotes intuitivos, quando os tem? Salienta-se no artigo a importância de sabermos percerber, no "aqui e no agora" do "setting", pelo material associativo, onírico e transferencial do cliente, o eventual aparecimento de captaçöes intuitivas e de como ele as utiliza. Isto nos permite, também, ter uma idéia de como funcionou ou funciona, em outras situaçöes, em termos de decifraçöes inconscientes dos dados ambientais. Além disto, valoriza neste artigo a intuiçäo do analista com relaçäo ao paciente, podendo esta funçäo alcançar níveis de particular acuidade, permitindo decifraçöes inesperadas, em determinados momentos, que outras funçöes näo teriam conseguido obter. Todavia se é nosso ver, indevido ignorá-las (como fazem alguns colegas), ou considerá-la sempre como sendo somente material espúrio, provindo da contratransferência mal elaborada do analista (como pensam outros), seria também imprudente comunicá-las ao paciente sem prévias e meditadas avaliaçöes introspectivas e decifrativas por parte do analista ou sem levar em conta a capacidade elaborativa do paciente ao conhecê-las (conforme vimos atuarem alguns terapeutas)


Subject(s)
Countertransference , Psychoanalytic Interpretation , Transference, Psychology , Dreams
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL