ABSTRACT
O objetivo do artigo é identificar os fatores estruturais e comportamentais associados ao uso de preservativos entre jovens na faixa etária de 16 a 24 anos e sexualmente ativos nos 12 meses anteriores ao levantamento da pesquisa Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções do HIV/AIDS, 1998 (Cebrap/PCN-DST/AIDS), segundo raça/cor e sexo. Foram estudados 9.322 jovens (59% de homens e 41% de mulheres). As variáveis estruturais e comportamentais foram tratadas segundo o modelo estatístico log linear Chaid (Chisquared Automatic Interaction Detector). A maior proporção de usuários de preservativos foi encontrada entre brancos e negros não unidos, e a menor adesão, entre aqueles com parceiros estáveis eventuais, especialmente entre jovens negras. O estudo mostrou que estão mais vulneráveis aos sexo desprotegido os unidos e os solteiros em relações eventuais, ou estáveis e eventuais, e aqueles com maior escolaridade e pertencentes aos estratos socioeconômicos mais altos, especialmente mulheres e negros.