ABSTRACT
Descrevemos quatro casos de hemofílicos A com AIDS que desenvolveram gastroenterocolite pelo citomegalovírus com ulceraçöes e perfuraçöes que conduziram a quadros abdominais agudos de urgência e de elevada mortalidade. A média de idade foi de 18 anos (10-36 anos). Todos foram transfundidos com concentrados locais de Fator VIII, obtidos de doadores voluntários de sangue. Os pacientes possuíam anti-HIV positivo (Elisa), com inversäo significativa de OKT4; OKT8. Clinicamente a doença se manifestou por dor abdominal em cólica e hemorragia digestiva alta e/ou baixa, seguidas de perfuraçöes de vícera oca (três casos). O primeiro caso apresentou quadro idêntico ao da retocolite ulcerativa. Nos casos revistos foram observadas inclusöes intranucleares e intracitoplasmáticas de CMV, envolvendo as células endoteliais e epiteliais, dentro e em tomo das lesöes ulceradas. Comcluímos que (1) o comprometimento gastrointestinal citomegalovírus em pacientes com AIDS é freqüente e com elevada mortalidade; (2) o diagnóstico precoce da infecçäo pelo citomegalovírus näo muda o prognóstico e a evoluçäo destes pacientes
Subject(s)
Child , Adolescent , Adult , Humans , Male , Cytomegalovirus Infections/complications , Enterocolitis/complications , Gastrointestinal Diseases/complications , Acquired Immunodeficiency Syndrome/complications , Enterocolitis/etiology , Hemophilia A , Duodenal Ulcer/complicationsABSTRACT
Säo relatados os resultados de um estudo duplo-cego, aleatório, elaborado com o objetivo de verificar a eficácia terapêutica do ácido 5-aminossalicílico (5-ASA), em comparaçäo com a hidrocortisona, no tratamento da fase aguda da retocolite ulcerativa. Ambas as drogas foram administradas sob a forma de enemas de 100ml, contendo 3g de 5-ASA ou 0,1 g de hidrocortisona. Participaram voluntariamente do trabalho 15 pacientes. Oito doentes foram tratados com 5-ASA e sete com hidrocortisona por um período de 28 dias. Durante as primeiras duas semanas os pacientes foram tratados com dois enemas diários, reduzindo-se para um enema nas duas semanas seguintes. Seis dos oito pacientes tratados com 5-ASA e cinco dos sete tratados com hidrocortisona foram considerados em remissäo, utilizando-se critérios clínicos e retossigmoidoscópicos ao término da terapêtica. Dois pacientes tratados com 5-ASA abandonaram o tratamento com queixas de ardência no reto. Ao término do tratamento observou-se acentuada melhora quanto à sintomatologia clínica, à retossigmoidoscopia e à histopatologia nos pacientes de ambos os sexos, comparando-se com os valores observados no início da terapêutica. Näo se constatou, entretanto, diferença significativa entre os dois tratamentos instituídos. Os autores concluem que os enemas de 5-ASA e os de hidrocortisona säo igualmente efetivos para producir remissäo da retocolite ulcerativa quando em fase aguda