ABSTRACT
ABSTRACT Identifying factors that influence the satisfaction of undergraduate dental students can contribute to establishing strategies for improving the educational process, furthering student development, and enhancing students' academic and professional achievements. Aim: the present study investigated associations between undergraduate students' satisfaction with the dental course and their satisfaction with life, perception of professional career and sociodemographic factors. Materials and method: this was a cross-sectional study on 512 dental students from a Brazilian School of Dentistry. Students were asked to respond to three questionnaires about sociodemographic characteristics, academic, and professional perceptions. Satisfaction with life was measured using the Brazilian version of the Satisfaction with Life Scale, which comprises five statements with responses scored on a seven-point Likert scale ranging from "I strongly disagree" to "I strongly agree". Unadjusted and adjusted multiple logistic regression analyses were performed to test associations between satisfaction with the dental course and key variables. Results: most participants were female (73.2%), single (99.8%) and with mean age 21.77 (±2.71) years. Approximately three quarters had a family income over three times higher than the national monthly minimum wage. Higher satisfaction with the course was associated with more optimistic perception of the job market (OR=2.44; 95% CI: 1.36-4.40), better academic performance (OR=1.65; 95% CI: 1.00-2.74) and greater satisfaction with life (OR=1.10; 95% CI: 1.06-1.15). Students' sex and family income did not have significant impact on satisfaction with the dental course. Conclusions: satisfaction with the dental course is related to an optimistic perception of the job market, academic performance and satisfaction with life.
RESUMO Identificar os fatores que influenciam na satisfação dos estudantes de odontologia pode contribuir para o estabelecimento de estratégias que aprimorem o processo educacional, favorecendo o desenvolvimento dos alunos e potencializando suas conquistas acadêmicas e profissionais. Objetivo: o presente estudo investigou as associações entre a satisfação de estudantes de graduação com o curso de odontologia e sua satisfação com a vida, percepção da carreira profissional e fatores sociodemográficos. Materiais e método: um estudo transversal foi realizado com 512 estudantes de Odontologia de uma Faculdade Brasileira de Odontologia. Três questionários foram aplicados aos alunos, com o objetivo de avaliar as características sociodemográficas, percepções acadêmicas e profissionais. A satisfação com a vida foi mensurada pela versão brasileira da Escala de Satisfação com a Vida, que compreende cinco afirmações com respostas pontuadas em uma escala Likert de sete pontos, variando de "discordo totalmente" a "concordo totalmente". A análise de regressão logística foi realizada para testar associações entre a satisfação com o curso de Odontologia e as demais variáveis. Análises de regressão logística múltipla não-ajustada e ajustada foram realizadas para testar associações entre a satisfação com o curso de odontologia e variáveis-chave. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (73,2%), solteiros (99,8%) e com média de idade de 21,77 (±2,71) anos. Aproximadamente três quartos tinham renda familiar três vezes superior ao salário-mínimo nacional. A maior satisfação dos alunos com o curso foi associada a maior percepção otimista do mercado de trabalho (OR=2,44; IC 95%: 1,36-4,40), desempenho acadêmico (OR=1,65; IC 95%: 1,00-2,74) e satisfação com a vida (OR =1,10; IC 95%: 1,06-1,15). O sexo dos alunos e a renda familiar não apresentaram impacto significativo na satisfação com o curso de odontologia. Conclusão: a satisfação com o curso de odontologia está relacionada com a percepção otimista do mercado de trabalho, desempenho acadêmico e satisfação com a vida.
ABSTRACT
The Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (P-CPQ) is an instrument that assesses a parent's or a caregiver's perceptions regarding the impact of children's oral health status on quality of life. The aim of this study was to evaluate the psychometric properties of the Brazilian version of the P-CPQ. Following translation and cross-cultural adaptation, the P-CPQ was tested on 123 parents and caregivers of children between 11 and 14 years of age with dental caries and malocclusions. The parents/caregivers were recruited at dental clinics of the Federal University of Minas Gerais, where their children were receiving dental care. Psychometric properties were assessed through internal consistency, test-retest reliability, construct validity and discriminant validity. The mean P-CPQ score was 13.01 (SD=12.14) for the dental caries group and 16.57 (SD=13.13) for the malocclusion group. Internal reliability was confirmed by a Cronbach's alpha coefficient of 0.84. Test-retest reliability revealed satisfactory reproducibility (ICC=0.83). Construct validity was satisfactory, demonstrating significant correlations between global indicators and the total scale. The P-CPQ score was able to discriminate between different parental/caregiver perceptions of oral conditions in their children (dental caries and malocclusion). The results for the Brazilian version of the P-CPQ confirm that this questionnaire is a reliable and valid instrument to assess parental perceptions on the impact that oral health status has on children's life quality.
O Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (P-CPQ) é um instrumento que avalia a percepção do pai/responsável a respeito do impacto da saúde bucal da sua criança na qualidade de vida da mesma. O objetivo do estudo foi avaliar as propriedades psicométricas da versão brasileira do P-CPQ. Após a tradução e adaptação transcultural, o P-CPQ foi testado em uma amostra de 123 pais/responsáveis de crianças com idade entre 11-14 anos com cárie dentária e maloclusão. Os pais/responsáveis foram selecionados das clínicas dentárias da Universidade Federal de Minas Gerais, onde as crianças recebiam atendimento odontológico. As propriedades psicométricas foram avaliadas através da consistência interna, confiabilidade teste-reteste, validade de constructo e validade discriminante. O escore médio do P-CPQ foi 13,01 (dp=12,14) para o grupo com cárie dentária e 16,57 (dp=13,13) para o grupo com maloclusão. A consistência interna foi confirmada pelo coeficiente alfa de Cronbach de 0,84. A confiabilidade teste-reteste revelou satisfatória reprodutibilidade (ICC=0,83). A validade de constructo foi satisfatória, demonstrando correlações significativas entre os indicadores globais e a escala total. O escore do P-CPQ foi capaz de discriminar diferentes percepções dos pais/responsáveis sobre as condições bucais de suas crianças (cárie dentária e maloclusão). Os resultados da versão brasileira do P-CPQ confirmam ser este um questionário válido e confiável.
Subject(s)
Adolescent , Child , Humans , Caregivers/psychology , Dental Caries/psychology , Malocclusion/psychology , Parents/psychology , Quality of Life , Surveys and Questionnaires , Brazil , Child Welfare , Cultural Competency , Discriminant Analysis , Oral Health , Perception , Psychometrics , Reproducibility of Results , Sickness Impact Profile , TranslationsABSTRACT
O objetivo deste estudo foi analisar a quantidade de fluoreto ingerido e a dose a que crianças estão expostas através do uso de dentifrício convencional (1500 ppmF) e infantil com sabor especial (1100 ppmF) e avaliar a influência do enxágüe e expectoração pós-escovação. Realizaram-se 6 escovações (3 com cada dentifrício) e coletas dos seus resíduos, em 42 crianças de 20 a 30 meses de idade, residentes em Belo Horizonte, MG, Brasil. Determinou-se a concentração de fluoreto nos resíduos coletados e dentifrícios utilizados. Pelo princípio da diferença foi obtida a quantidade ingerida. 64,3% das crianças não realizaram a expectoração e o enxágüe. Quando comparada a dose com o fato da criança ter feito enxágüe ou não, nenhuma diferença significativa foi encontrada (p³0,05), independentemente do tipo de dentifrício. Quando usado o dentifrício infantil, as crianças que não expectoraram estavam expostas a uma dose superior às que expectoraram (p=0,032), o mesmo não foi observado com o uso do dentifrício convencional (p=0,081). Conclui-se que o enxágüe e a expectoração pós-escovação não tiveram influência sobre a dose de fluoreto a que as crianças estavam expostas pelo uso do dentifrício. Entretanto, no caso do dentifrício infantil, a expectoração esteve diretamente associada à dose.