ABSTRACT
Com o aumento da prevalência mundial da doença coronária e da mortalidade relacionada a ela, aumenta o interesse da comunidade científica na identificação dos indivíduos que teriam maiores benefícios com as medidas terapêuticas existentes no cenário atual. Os métodos de avaliação clínica por escores baseados em fatores de risco bem estabelecidos, como o de Framingham, foram responsáveis pela melhora da avaliação do risco cardiovascular e, consequentemente, da orientação terapêutica mais adequada. No entanto, cerca de 20% de todos os eventos cardiovasculares ocorrem em individuos sem qualquer fator de risco maior. Em um estudo de coorte com 120 mil pacientes, 15% dos homens e 19% das mulheres não tinham evidências de dislipidemia, tabagismo, hipertensão ou diabetes, e mais da metade apresentava somente um desses fatores de risco. Os métodos gráficos, apesar de sua grande importância na prática diária, apresentam limitações. Já os métodos de imagem atualmente disponíveis tentam preencher lacunas dos dados clínicos, laboratoriais e gráficos em predizer com precisão a evolução dos pacientes, principalmente entre aqueles previamente classificados como de risco baixo ou intermediário.