ABSTRACT
O artigo aborda a estetização dos corpos e os ideais de beleza corporal vigentes na contemporaneidade, explorando esse tema como via para discutir a questão do estatuto do novo na esfera da subjetividade. Procurando evitar conferir a essa abordagem o cunho moralizante da crítica ao ideal, a autora elege como fio condutor a relação entre corpo, técnica e fantasia. É na esfera dessa relação que a possibilidade do novo na subjetividade é discutida. Partindo da premissa de que tal possibilidade remete fundamental à possibilidade de produção de um novo sentido, ou de questionar o próprio processo dessa produção, a autora introduz a noção de simulação como formal de encaminhar tal premissa no contexto da discussão. O artigo, como um todo, não pretende oferecer uma abordagem sistematizada do tema dos belos corpos, e sim uma série de reflexões livremente articuladas em torno do tema, respeitando apenas as delimitações colocadas por suas premissas.Pretendeu-se assim produzir um ensaio exploratório, cuja finalidade é a de apontar alguns caminhos para pensar a estetização do corporal na contemporaneidade e aquilo que isso pode representar - ou não - em termos do novo, para o sujeito.