ABSTRACT
O objetivo deste trabalho é sistematizar a experiência do campo da Saúde do Trabalhador diante das temáticas da promoçãoda saúde e da intersetorialidade. São apresentados os limites, possibilidades e avanços da introdução do conceito de vigilância como organizadora das ações de saúde, e a possibilidade de construção de redes institucionais a partir da definição de um objeto - no caso, a relação entre processo de trabalho e saúde, objeto da saúde do trabalhador. Essa possibilidade é caracterizada por uma vasta gama de instituições, setores governamentais e atores sociais envolvidos no campo da saúde do trabalhador. As estratégias de vigilância em saúde do trabalhador (VST) desenvolvidas têm servido para demonstrar as possibilidades e dificuldades de ações intersetoriais de promoção e prevenção. A trajetória da saúde coletiva no país - e da saúde do trabalhador em particular - possui origens históricas e conceituais paralelas às da promoção da saúde, sendo ainda necessárias uma maior reflexão crítica e capacidade de síntese resultantes das discussões conceituais e práticas de saúde no âmbito do SUS. O campo da Saúde do trabalhador, certamente, pode contribuir nesse debate, principalmente no que tange às ações intersetoriais e coletivas de promoção da saúde voltadas às estratégias de transformação dos processos e ambientes de trabalho, por meio da construção de redes sociais e institucionais que dêem suporte às ações de VST