ABSTRACT
Estima-se que 90% da população possui alguma forma de doença periodontal e que a halitose afeta cerca de 50% dessa. Apesar de evidências sugerirem a correlação entre halitose e doença periodontal, são escassos os estudos que confirmam a prevalência da halitose nesses pacientes. Soma-se a isso o fato de haver variações e divergências entre os trabalhos existentes. O objetivo desta pesquisa foi comparar a prevalência da halitose em pacientes com periodontite crônica e em pacientes com gengivite. Foram avaliados 51 pacientes com periodontite crônica (grupo 1) e 42 pacientes com gengivite associada a placa sem fatores de retenção (grupo 2). Os níveis intraorais de compostos sulfurados voláteis (CSV) foram medidos pelo monitor de sulfetos (Halímeter). Também foram avaliados o índice de placa (IP), a profundidade de sondagem (PS) e o nível de inserção clínica (NIC). Os resultados evidenciaram que houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 e 2 para os níveis do hálito e os demais parâmetros clínicos mensurados (p < 0,0001). Através da análise da matriz de correlação linear também foi constatada correlação positiva moderada significativa entre o hálito e IP (p=0,03), e entre hálito e PS (p=0,03). Concluiu-se que a doença periodontal contribuiu efetivamente para a ocorrência de halitose, e que o tipo e a severidade da doença interferiram na sua magnitude e expressão clínica.