ABSTRACT
A oxigenação extracorpórea por membrana é uma técnica de suporte cardiopulmonar prolongado, com finalidade de auxiliar o pulmão e/ou o coração, quando os mesmos entram em falência não responsiva aos tratamentos convencionais não invasivos. O objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações hematimétricas durante 12 horas de ECMO em estudo animal. Foram estudados 11 ovinos, da raça Santa Inês, sendo seis machos e cinco fêmeas, com peso entre 5,4 e 15kg (12,2 ± 3,1kg). Nos cinco primeiros animais, o prime do circuito extracorpóreo foi feito com solução de Ringer com lactato de sódio (Ringer-Lactato Glicolabor - Ribeirão Preto - SP) e solução de gelatina a 3,5 por cento (Hisocel - Campinas - SP), na proporção de 2:1, no total de 750ml. No sexto animal foi diminuído o volume do prime para 450ml, sendo 250ml de solução de Ringer com lactato de sódio e 200ml de solução de gelatina a 3,5 por cento. Nos cinco últimos experimentos (casos 7 a 11), empregou-se 250ml de sangue fresco total anticoagulado com citrato de sódio e 200ml de Ringer com lactato de sódio. Os exames realizados foram: hematócrito, hemoglobina, leucócitos, plaquetas, albumina e globulina. No estudo estatístico foram empregados os testes de Mann-Whitney e Análise da Variância e, no caso deste último demonstrar variação significativa (p<0,05), aplicou-se o teste de Tukey. Foi detectada redução em todos elementos analisados e com diferença estatística entre o grupo 1 e 2 no hematócrito e leucócitos. A oferta excessiva de volume desencadeou alterações hematimétricas em estudo experimental utilizando a ECMO em carneiro.
Subject(s)
Extracorporeal Membrane Oxygenation , Hematologic Diseases , HemolysisABSTRACT
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar o comportamento evolutivo imediato e o valor prognóstico em termos de sobrevivência tardia, da dosagem sérica de troponina I em pacientes submetidos a operações cardíacas para revascularização miocárdica. Foram analisados 108 pacientes, não selecionados, sendo 85 (78,7 por cento) do sexo masculino, submetidos à operação de revascularização do miocárdio com ou sem auxílio de circulação extracorpórea, no período de dezembro de 1996 a dezembro de 1997. O método empregado na dosagem da troponina I foi o da Quimioluminiscência, em equipamento Acess da Sanofi-Pasteur. Foram feitas dosagens no pré-operatório, logo na chegada na Unidade de Terapia Intensiva, no primeiro e no segundo dia de pós-operatório, adquirindo-se como normais valores abaixo de 0,1 nanogramas por mililitro (ng/ml). Foram estabelecidos níveis de corte para avaliação prognóstica. Os pacientes foram avaliados pós-operatoriamente, registrando-se a evolução em meses, com vistas à determinação das taxas de sobrevivência. A dosagem de troponina I em pacientes submetidos a operações de revascularização miocárdica mostrou comportamento evolutivo agudo característico, com importante elevação dos níveis séricos no primeiro dia de pós-operatório. Pacientes operados com auxílio de circulação extracorpórea (CEC) mostraram níveis significativamente mais elevados, mas não houve correlação com tempo de isquemia ou tempo de CEC, sugerindo que a elevação da troponina I seja decorrente de sofrimento miocárdico específico (obstrução coronária, oclusão de ponte, etc.) e não decorrente da CEC propriamente dita. Foi ainda possível determinar que os níveis de corte estabelecidos separam pacientes com mau prognóstico, uma vez que valores acima de 2,5 ng/ml no primeiro dia de pós-operatório levaram a taxas de mortalidade de 33 por cento a 50 por cento em tempo máximo de seis meses de seguimento. A troponina I eleva-se em pacientes submetidos a operações de revascularização miocárdica, traduzindo sofrimento celular mesmo nos casos sem emprego de circulação extracorpórea. Valores de troponina I em torno de 2,5 ng/ml no primeiro dia de pós-operatório devem alertar para a necessidade de medidas diagnósticas ou terapêuticas mais agressivas
Subject(s)
Humans , Male , Female , Myocardial Revascularization/mortality , Troponin I/blood , Extracorporeal Circulation , Follow-Up Studies , Myocardial Infarction , Postoperative Period , Preoperative Care , Prognosis , Risk , Survival RateABSTRACT
Nesta revisão os autores analisam os aspectos gerais da hipertensão como fator de risco na revascularização do miocárdio. Demonstram que a hipertensão em si, como fator isolado, não aumenta a morbidade e a mortalidade nesses procedimentos, corroborada pela experiência pessoal em que a mortalidade hospitalar no grupo hipertenso foi de 3 por cento e no grupo não-hipertenso, de 2,5 por cento (RR=1,2; IC 95 por cento = 0,57 a 2,5; p>0,05). São comentadas as medidas anestésicas, operatórias e de proteção miocárdica empregadas nesse grupo especial de pacientes.
Subject(s)
Humans , Coronary Disease/physiopathology , Hypertension/physiopathology , Myocardial Revascularization , Tissue Survival , Anesthesia , Hypertension/complications , Hypertension/therapy , Intraoperative CareABSTRACT
Este trabalho, subdividido em três partes, apresentou breve histórico da cirurgia cardíaca, com ênfase a cirurgia valvar e substitutos valvulares, empregados com sucesso na década de 60, inicialmente com próteses mecânicas, seguidas pelas heterólogas após a introduçao do glutaraldeído para preservaçao dos tecidos biológicos. As indicaçoes básicas para operar lesoes valvares consistem em alívio dos sintomas, prevençao das complicaçoes e da mortalidade. Foram descritos, também, na primeira parte da publicaçao, aspectos da indicaçao cirúrgica, com ênfase em estenose e insuficiência das valvas mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar, endocardite infecciosa ativa e da conduta pré-operatória, além da caracterizaçao das diferentes próteses valvulares cardíacas mecânicas e biológicas existentes no mercado e suas complicaçoes mais freqüentes. O tratamento cirúrgico das valvopatias, incluindo técnica operatória para troca de valvas mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar, condutas anestésica e pós-operatória e reoperaçoes foram abordados na segunda parte da publicaçao. O trabalho foi concluído considerando as situaçoes especiais, como tratamento cirúrgico na endocardite em valvas mitral, tricúspide e aórtica, cuja incidência é maior que na mitral e a causa mais comum de insuficiência aórtica aguda. O desenvolvimento da endocardite tem fisiopatologia diferente quando comparado às próteses e valvas naturais, com morbi-mortalidade maior que a observada nas valvas nativas. Existem fatores que aumentam o risco de endocardite em valva nativa, raça negra, próteses mecânicas, sexo masculino e longo tempo de circulaçao extracorpórea. A interaçao clínico-cirúrgica parece influenciar de forma decisiva na obtençao de melhores resultados para essa lesao. Finalmente, foi registrada a nossa experiência com próteses biológicas em posiçao mitral e aórtica com 11 e 1O anos de seguimento, respectivamente. O índice de sobrevida na troca mitral foi semelhante entre jovens e adultos (74 por cento) para mitral e 67 por cento para aórtica. As complicaçoes tardias fatais relacionadas à bioprótese na posiçao mitral foram rotura, endocardite, vazamento paravalvular, tromboembolismo e, principalmente, calcificaçao, com freqüência de 1,0 evento por cento/paciente-ano, com 95 por cento dos pacientes livres dessas complicaçoes. Na posiçao aórtica, destacaram-se tromboembolismo e, principalmente, endocardite, totalizando 1,6 eventos por cento/paciente-ano, com 92,6 por cento dos pacientes livres dessas complicaçoes. As complicaçoes tardias nao fatais apresentaram-se com freqüências de 2,9 (mitral) e 1,1 eventos por cento/paciente-ano (aórtica), com destaque para endocardite e calcificaçao para mitral e endocardite e acidente vascular cerebral para aórtica, com 55,2 por cento (mitral) e 85,7 por cento (aórtica)dos pacientes livres dessas complicaçoes. Pela alta incidência ...
Subject(s)
Adult , Humans , Adolescent , Endocarditis, Bacterial/surgery , Heart Valve Diseases/surgery , Actuarial Analysis , Bioprosthesis/mortality , Follow-Up Studies , Heart Valve Prosthesis/mortalityABSTRACT
Esta segunda parte abordará técnica operatória, conduta pós-operatória e reoperaçoes de pacientes com valvopatias. Em Técnica Operatória sao descritos os procedimentos de anestesia, a abordagem cirúrgica, que inclui a instalaçao da circulaçao extracorpórea, e as cirurgias das valvas mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar. Em Conduta Pós-Operatória é relatada a rotina na Unidade de Terapia Intensiva, e em Reoperaçoes é abordada a técnica cirúrgica.
Subject(s)
Humans , Heart Valve Diseases/surgery , Extracorporeal CirculationABSTRACT
Nesta revisao, os autores avaliam as varias proteses cardiacas utilizadas em pacientes que requerem trocas valvares, discutindo as vantagens, desvantagens e a experiencia clinica atual com os principais tipos