ABSTRACT
Este artigo discute a emergência do pensamento complexo nas organizações. Essa nova forma de pensar resgata o caráter multidimensional do ser humano no contexto das organizações, em oposição à visão unidimensional, institucionalizada pelo paradigma newtoniano-cartesiano, que o reduziu à condição de mero apêndice da máquina e executor de ordens. O modelo mental emergente conecta-se diretamente a uma forma organizacional que lhe possa dar sustentação a lógica administrativa pós-industrial, buscando, por meio da perspectiva co-evolucionária, estabelecer uma relação dinâmica e dialética entre os contextos micro e macroorganizacional, o que só é possível se as empresas se transformarem em sistemas adaptativos complexos (SACs). Ver e entender as organizações SACs é fundamental no processo de renovação, em que o ser humano, na condição de agente determinante e privilegiado da mudança, assume o papel de arquiteto e construtor desse devir. Espera-se, pois, que o artigo ajude a ampliar a discussão sobre a emergência do pensamento complexo, fornecendo insights para o desenvolvimento de estudos e pesquisas envolvendo a aplicabilidade dos SACs nas organizações.