ABSTRACT
Trinta pacientes (23 mulheres e 7 homens) foram submetidos a hemiartroplastia no período de setembro de 1994 a janeiro de 1997. Idade média: 50 anos (30-70). Quanto à etiologia, 6 pacientes eram portadores de artrose glenumeral, 4 de artrite reumatóide, 2 de anemia falciforme, 2 de artroplastia secundária à rotura maciça do manguito rotador, 4 de luxaçäo-fratura em 4 partes e 12 de fratura em 4 partes. O acompanhamento médio foi de 24 meses. Na artrose glenumeral, artrite reumatóide e anemia falciforme, o ganho médio de flexäo anterior foi de 92§, abduçäo de 60§, rotaçäo externa de 20§, rotaçäo interna- polegar alcançava apófise espinhosa de T(11). A dor melhorou substancialmente em 29 pacientes, exceto em 1, operado devido a artroplastia secundária à rotura maciça do manguito rotador. A prótese permaneceu exageradamente elevada, foi removida e a artrodese efetuada. Em recente reavaliaçäo utilizando o método UCLA os resultados foram considerados bons e excelentes nos pacientes com artrose glenumeral, artrite reumatóide e anemia falciforme. Bons e regulares, nos pacientes com fratura, luxaçäo-fratura em 4 partes e artropatia secundária à rotura maciça do manguito rotador. Apenas 1 paciente com resultado excelente em uma luxaçäo-fratura. Como complicaçöes, 1 infecçäo superficial da ferida operatória (paciente com anemia falciforme), 1 prótese elevada e dolorosa (paciente com artroplatia secundária a rotura maciça). Os autores concluem que as próteses modulares porosas propiciam boa adaptabilidade articular (glenóide e espaço subacromial). Sua indicaçäo parcial, cimentada ou näo, pode ser considerada nas fraturas, luxaçöes-fraturas proximais do úmero e nas osteoartrites glenumerais primárias e secundárias, sobretudo nos pacientes cujos manguitos rotadores estäo insuficientes ou mesmo ausentes.